A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), registrou confronto entre parlamentares e avanços significativos na investigação de fraudes em benefícios previdenciários, nesta segunda-feira (1º).
A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) e senadora Leila Barros (PDT-DF) se levantaram e se encararam no plenário, após a aprovação de pedidos de prisão preventiva de 21 investigados.
A discussão, segundo a deputada, começou após ela comemorar o resultado. A senadora Leila Barros teria reagido imediatamente, afirmando que a base também aprovou a medida. Ambas se levantaram e se encararam, até que outros parlamentares interferiram.
Fernanda relatou: “Ela disse que não tinha medo e eu também retruquei que não tinha medo”. Segundo a deputada, o episódio “já passou”. A senadora ainda não se manifestou.
CMPI do INSS aprova prisão preventiva de investigados
A CPMI do INSS aprovou um dos principais requerimentos do dia: o pedido de prisão preventiva de investigados e citados na operação Sem Desconto. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em abril.
A operação apura um esquema que desviou bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS por meio de descontos não autorizados em benefícios. A CPMI enviou o pedido de prisão à Polícia Federal, que só poderá cumpri-lo após autorização da Justiça.
Os parlamentares votaram o requerimento durante a oitiva do advogado Eli Cohen, um dos primeiros a denunciar o caso. Inicialmente, o relator da CPMI propôs apresentar o pedido ao final das perguntas, mas o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), antecipou a votação após questionamentos de parlamentares.
A votação aprovou a prisão preventiva de 21 pessoas, incluindo o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, indicado pelo ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, presidente do PDT.
FonteGazeta do Povo