Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da AmCham Brasil buscaram em Washington, nesta quarta-feira (3), reverter o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros e evitar novas restrições comerciais.
O grupo foi recebido pelo vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, que afirmou ser inédito o componente político por trás do atual impasse entre os dois países.
Segundo Landau, a priorização política do tarifaço é uma condição inédita tanto para EUA quanto para o Brasil, afastando o debate exclusivamente econômico da pauta e transferindo a responsabilidade das negociações para o Departamento de Estado norte-americano.
Ele aconselhou diretamente os empresários brasileiros a focarem ações de influência junto ao governo brasileiro, em Brasília, e não em Washington, devido ao novo perfil do embate.
Superar tarifaço é questão política inédita entre os dois países
“A principal questão diz respeito à característica política do problema, que é algo inédito para eles, algo inédito para nós, e que precisamos conduzir sob um prisma de encontrar caminhos no setor político”, revelou Ricardo Alban, presidente da CNI.
Landau declarou o Departamento de Estado lidera a negociação por existir um “condicionante político” no processo. Ele recomendou que os esforços de negociação do tarifaço sejam dirigidos ao governo brasileiro.
A comitiva brasileira, liderada pela CNI, tem 141 empresas, entidades privadas, federações de indústrias e representantes do setor privado dos EUA. Além do encontro com Landau, eles participarão de diversas reuniões para tentar convencer os americanos a reverter as sanções de Trump contra os produtos brasileiros.
FonteGazeta do Povo