A dívida pública subiu 0,71% em julho em relação a junho de 2025. O valor atingiu R$ 7,94 trilhões, o que representou uma alta de R$ 55,8 bilhões no período. O estoque inclui débitos do governo no Brasil e no exterior. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, 27.
Segundo o órgão, essa variação é decorrente da emissão líquida de R$ 33,81 bilhões e da apropriação positiva de juros de R$ 89,6 bilhões. Em junho, o total estava em R$ 7,88 trilhões.
Entre os detentores da dívida em julho, 31,3% são instituições financeiras, 23,5% a Previdência, 21,7% fundos, 13,7% outros grupos, 9,9% não residentes e 3,7% seguradoras.
É o governo federal que emite a dívida para financiar o déficit orçamentário. Ou seja, para cobrir as despesas que superam a arrecadação com impostos e taxas. Agências globais de classificação de risco usam esse indicador para medir a capacidade de pagamento do país.
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Vale destacar que, também neste mês de julho, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva bateu um novo recorde de arrecadação: impostos, contribuições e demais receitas somaram mais de R$ 254,2 bilhões, de acordo com dados da Receita Federal. Isso significa que, embora a taxação só aumente no país, o Planalto não consegue equilibrar as contas do país.
Dívida pública bruta chega a 76,6% do PIB em junho
De acordo com o Banco Central, a dívida pública bruta alcançou 76,6% do PIB em junho. O nível se manteve estável em relação a maio. A autoridade monetária divulgara os novos dados sobre a dívida bruta do governo geral na sexta-feira 29. A metodologia do BC é mais ampla, pois inclui títulos em poder do próprio banco e dívidas de Estados e municípios.
Por outro lado, a reserva de liquidez do Tesouro Nacional somou R$ 988,35 bilhões em julho. O valor representa uma queda de 4% em relação a junho, quando o resultado foi de R$ 1,03 trilhão. O índice cobre 7,75 meses de vencimento da dívida. Em comparação com julho de 2024, houve queda de 11,2%. Há um ano, a reserva estava em R$ 1,11 trilhão.

A reserva de liquidez é um fundo que o Tesouro mantém para cobrir despesas inesperadas e garantir o funcionamento da dívida pública. Esse “colchão” de dinheiro é composto por títulos públicos e outros ativos, com o objetivo de manter recursos disponíveis para o pagamento de dívidas e para ações estratégicas, como a recompras de títulos em momentos de volatilidade.
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Fonte: Revista Oeste