O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tenta blindar o ministro Alexandre de Moraes contra as sanções da Lei Magnitsky é a “materialização da crise institucional que o Brasil atravessa”.
Dino estabeleceu que decisões de tribunais estrangeiros não têm efeito automático no Brasil. O magistrado se manifestou em uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que trata da tragédia em Mariana (MG).
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“Ficam vedadas imposições, restrições de direitos ou instrumentos de coerção executados por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país, bem como aquelas que tenham filial ou qualquer atividade profissional, comercial ou de intermediação no mercado brasileiro, decorrentes de determinações constantes em atos unilaterais estrangeiros”, argumentou Dino.
O ministro estabeleceu que esse impedimento vale também para “leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares.”
Eduardo comparou a decisão de Dino à tentativa de “revogar a lei da gravidade”
“É como tentar revogar a lei da gravidade com uma decisão judicial aleatória”, escreveu Eduardo em uma publicação no X. “O resultado? Caos. Este é um ponto de virada para todos aqueles que fingiram não ver a grave crise institucional em que o regime mergulhou o país.”
🇧🇷🇺🇸 BRAZILIAN SUPREME COURT JUSTICE PROHIBITS THE APPLICATION OF THE MAGNITSKY ACT IN BRAZIL (???)
Justice Dino’s attempt to block the application of the Magnitsky Act through an supreme court pen stroke is the materialization of the institutional crisis Brazil is experiencing.… pic.twitter.com/jKGofhFUK2
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 18, 2025
EUA dizem que “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções”
No início da noite desta segunda-feira, 18, a Embaixada dos EUA no Brasil publicou uma mensagem nas redes sociais em que chama Moraes de “tóxico para as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”.
Em outro trecho, a Embaixada afirma que “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.
Por fim, a Embaixada faz um alerta: “Quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções.”
Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las.
Pessoas e… https://t.co/U9JscA1rjE
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) August 18, 2025
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