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Amorim confirma cooperação militar do Brasil com a China

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O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, disse que o Brasil está aberto à colaboração militar com a China. A declaração foi dada em Pequim, durante visita oficial que incluiu a participação no desfile militar que marcou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.

Amorim confirmou o envio de generais brasileiros à embaixada em Pequim e disse que a presença brasileira marca um passo inédito na cooperação militar. Até agora, apenas a embaixada em Washington, nos Estados Unidos, contava com oficiais de mais alta patente.

“Isso indica a possibilidade também de cooperação em outras áreas”, afirmou. Segundo ele, a decisão partiu do Exército e expressa a disposição de intensificar a cooperação militar.

O decreto 12.480, assinado em junho de 2025 pelo presidente Lula (PT), fixou a lotação de três adidos militares na China: um oficial-general do Exército, um contra-almirante da Marinha e um coronel da Aeronáutica.

Os adidos representam as Forças Armadas e o Ministério da Defesa, com a missão de promover cooperação militar, trocar informações e reforçar laços institucionais.

Cooperação militar firma parceria do governo PT com Pequim

Para Amorim, o fortalecimento da cooperação militar ocorre em um contexto de tensões globais e de maior proximidade entre Brasil e China. Ele ressaltou que o enfraquecimento do sistema multilateral pelos Estados Unidos aumenta a relevância da parceria com Pequim.

“É uma economia enorme, nosso principal parceiro comercial”, destacou o assessor. Ele citou investimentos, transferência de produção, cooperação financeira e o papel estratégico da cooperação militar no equilíbrio internacional.

A agenda incluiu reuniões com o presidente Xi Jinping e o chanceler Wang Yi. Amorim entregou carta de Lula ao líder chinês, tratando do tarifaço americano, da guerra na Ucrânia, de Gaza e da proposta chinesa de governança global, que classificou como “música para os nossos ouvidos”.

Amorim destacou preocupação com o que chamou de “riscos regionais”. Ele citou o envio de navios de guerra e submarinos nucleares dos EUA à costa da Venezuela. “O deslocamento de navios de guerra, inclusive de submarinos com capacidade nuclear, é preocupante”, afirmou.

O assessor defendeu a autonomia da América do Sul e reforçou que a cooperação militar com a China deve avançar sem comprometer a soberania regional.



FonteGazeta do Povo

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