Os Comitês de Luta organizam um ato em defesa da Venezuela no próximo sábado (13), às 10h, na Academia Paulista de Letras, em São Paulo. O panfleto de convocação sugere que o “ataque à Venezuela é um ataque a toda a América Latina” e ainda que “não é possível defender a soberania do Brasil sem defender a da Venezuela”.
Os organizadores afirmam que a mobilização busca responder às ameaças contra o país caribenho. “Só a mobilização popular pode derrotar as provocações e os ataques dos EUA e de seus lacaios. Defender a Venezuela é defender a luta de todos os povos oprimidos contra o imperialismo”, diz o texto.
A convocação ocorre após os EUA enviaram mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para a América Latina e o Caribe, perto da Venezuela, em uma operação ampliada contra cartéis de drogas, classificados pelo governo do presidente Donald Trump como organizações terroristas internacionais.
Ato em defesa da Venezuela ocorre em meio a escalada de tensão com os EUA
Nesta semana, militares americanos mataram 11 pessoas a bordo de um navio da Venezuela no Caribe. Segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, a embarcação transportava narcóticos.
Na quinta-feira (4) o Departamento de Defesa dos EUA informou que duas aeronaves militares venezuelanas voaram perto de um navio da Marinha norte-americana em águas internacionais.
O Pentágono publicou na rede X que considerou o movimento “altamente provocativo” e destinado a interferir nas ações de combate ao narcoterrorismo.
O Departamento de Defesa declarou que a Venezuela está “fortemente aconselhada a não tentar obstruir, dissuadir ou interferir nas operações antinarcóticos e antiterrorismo conduzidas pelas Forças Armadas norte-americanas”.
Nesta sexta-feira (5), Washington ordenou o deslocamento de dez caças F-35 para uma base aérea em Porto Rico. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em visita à América Latina, defendeu a nova postura agressiva de Washington. Ele afirmou que “espera apoio de governos aliados na cooperação para eliminar supostos narcotraficantes”.
Organizações de esquerda confirmam participação em ato pela Venezuela
O Partido da Causa Operária (PCO), a CUT, a CTB e o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) confirmaram presença na manifestação em defesa da Venezuela. Entre os apoiadores, estão a Apeoesp, o Sindicato dos Bancários de Brasília e os Metalúrgicos de Sorocaba. Os organizadores também acionam partidos e embaixadas.
Os Comitês de Luta já começaram a divulgar cartazes e panfletos e os distribuirão nos atos do Grito dos Excluídos, em 7 de setembro. O objetivo é ampliar a divulgação entre trabalhadores e jovens, “para fortalecer a defesa da Venezuela em meio ao cenário de tensão com os EUA”, segundo os organizadores.
FonteGazeta do Povo