A cúpula da federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e PP, pretendem anunciar nesta terça-feira (2) o desembarque foram da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além do anúncio, marcado para ser feito em coletiva às 16h30, as duas bancadas pretendem reforçar o pleito da oposição para que o Congresso aprove o projeto da anistia aos presos do 8 de janeiro.
Com a decisão, os dois partidos pretendem forçar que os ministros que atualmente integram o governo Lula deixem os seus cargos. Com isso, os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), deputados federais licenciados pelo PP e pelo União Brasil, respectivamente, deverão deixar seus postos. O PP conta ainda com indicações na Caixa Econômica Federal.
Os ministros vinham defendendo permanecer por mais tempo nos cargos, mas os comandantes das legendas consideraram a situação insustentável. Os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, deixaram claro que, se não saíssem, Fufuca e Sabino seriam expulsos das respectivas siglas.
Além de Sabino, o União Brasil conta ainda com dois apadrinhados, o ministro das Comunicações, Siqueira Filho, e o ministro da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Eles, no entanto, foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Federação promete apoiar projeto da anistia na Câmara
Em meio ao desembarque oficial da base do governo Lula, a federação do União Progressista pretende ainda apoiar o pleito da oposição para que o projeto da anistia seja colocado em votação na Câmara dos Deputados. A pressão acontece em meio ao início do julgamento do caso da suposta tentativa de golpe pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais cedo, integrantes da oposição se reuniram na casa do deputado Luciano Zucco (PL-RS) para acompanhar o início do julgamento, que conta com oito réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em coletiva de imprensa após o encontro, parlamentares reforçaram a defesa da anistia e criticaram a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal julgada pela Corte.
FonteGazeta do Povo