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SP amplia compra de café de pequenos produtores afetados por tarifaço

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Pequenos exportadores de café em São Paulo vão ganhar um novo estímulo do governo estadual, que decidiu aumentar a compra pública do produto de cooperativas locais participantes do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (Ppais).

Diante da estreia do café no Ppais, a iniciativa previa gastar até R$ 300 mil na produção de pequenos produtores do grão em 2025. No entanto, diante da tarifa de 50% sobre o café brasileiro exportado para os Estados Unidos, o valor foi ampliado para R$ 1 milhão até o fim do ano, conforme antecipado pelo governo paulista para a revista Exame.

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O governo paulista já adquiriu 8 toneladas de café torrado e moído neste ano, destinadas a instituições como hospitais, escolas, presídios e demais órgãos públicos. Segundo a administração de Tarcísio de Freitas, a iniciativa visa proteger o mercado interno e oferecer mais estabilidade financeira aos agricultores afetados pela instabilidade nas exportações.


“O café, agora incluso nas compras públicas, fortalece um produto essencial para a vida de todos os paulistas e assegura um mercado estável para as pequenas propriedades produtoras”, explica Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado.

O Ppais reúne atualmente 30 cooperativas, com cinco chamadas públicas em andamento para o café nas regiões de Bauru e Ribeirão Preto. A Coopercuesta, uma das beneficiadas, afirmou que a medida representa um avanço importante para os produtores da Cuesta Paulista.

“Produzimos de 5 a 6 mil sacas de café por ano, mas apenas 20% chegavam ao mercado Fair Trade internacional”, afirma Luís Carlos Josepetti Bassetto, presidente da Coopercuesta. “Agora, com o Ppais, nossa expectativa é que até 80% da produção seja processada, torrada, moída e comercializada no mercado interno, trazendo estabilidade, renda e desenvolvimento para nossa região.”

Tarcísio de Freitas em discurso no Congresso Brasileiro do Agronegócio | Foto: Reprodução/Congresso Brasileiro do Agronegócio

Além das compras públicas reforçadas, o governo estadual liberou crédito especial pelo programa Desenvolve SP e concedeu crédito de ICMS para aliviar custos dos produtores. Há também estímulo à abertura de novos mercados consumidores para os alimentos paulistas.

No âmbito federal, medidas emergenciais incluem a autorização para compras diretas de alimentos, sem licitação, para produtos afetados pela queda nas exportações aos EUA. Uma portaria conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura definiu os itens contemplados, como açaí, água de coco, castanhas, mel, manga, pescados e uva.


Café é um dos principais produtos exportados por São Paulo

Segundo dados do Banco de Dados de Estatísticas de Comércio de Mercadorias das Nações Unidas, os EUA importaram 8,1 milhões de sacas de 60 kg de café brasileiro em 2024. O número equivale a 33% das importações norte-americanas e movimentou US$ 2,01 bilhões.

A participação paulista nesse mercado é significativa. De janeiro a julho de 2025, o Estado exportou US$ 1,10 bilhão em café, o que representa 6,8% do agronegócio estadual e põe o café em sexto lugar entre os grupos exportadores.

Em relação ao mesmo período de 2024, as vendas externas de café paulista cresceram 49,6%. Somente neste ano, o Ppais movimentou R$ 36,5 milhões em compras da agricultura familiar, aumento de 71% em relação a 2024, com cerca de 40 cooperativas integradas ao programa.

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Fonte: Revista Oeste

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