O traficante e cantor sertanejo Yuri Ramirez, de 47 anos, foi assassinado a tiros em sua própria residência localizada em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, na manhã do último sábado, 30. Ele foi atingido por oito disparos dentro de casa, localizada no bairro Santa Emília, enquanto cumpria pena em regime domiciliar monitorado por tornozeleira eletrônica, devido a uma condenação por tráfico de drogas.

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A Polícia Civil investiga o caso como homicídio qualificado. Até o momento, a motivação do crime não foi esclarecida. Dois homens armados, ainda não identificados, invadiram a residência, apresentando-se como policiais à moradora do imóvel. Yuri foi encontrado em um dos quartos e morto no local. A perícia recolheu 12 cápsulas de pistola na cena do crime.

Trajetória musical de Yuri Ramirez

Yuri Ramirez, natural de Campo Grande, começou sua carreira musical na adolescência, inicialmente no rock, migrando depois para o sertanejo por influência do pai. Em 2020, formou uma dupla e realizou apresentações em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Posteriormente, seguiu carreira solo, e dividiu o palco com nomes do sertanejo, como Maria Cecília e Rodolfo.

Em entrevista à TV Morena em 2024, afirmou compor de três a quatro canções por semana, e disse que tinha cerca de 240 músicas inéditas. Entre seus lançamentos destacam-se “Boca Errada” e “Novo Engano”, divulgados em outubro de 2024. Nas redes sociais, mantinha pouca atividade — ele não tinha perfil no Instagram e raramente publicava no Facebook e TikTok.

Ficha criminal: estupro, tráfico de drogas e armas

Apesar do destaque na música, Ramirez tinha histórico criminal. Já havia sido preso por estupro, tráfico de drogas e armas. Em 2018, foi detido em Goiânia com documento falso e, segundo a Polícia Civil de Goiás, tinha ligação com uma facção criminosa.

Em suas ações criminosas, chegou a comercializar cerca de 800 kg de maconha trazidos do Paraguai e também atuava no contrabando de armas. Já havia sido condenado depois de ser flagrado com 20 kg de droga em Mato Grosso do Sul.

A investigação busca esclarecer a motivação do homicídio, identificar os autores que se passaram por policiais e apurar se o crime tem relação com o passado criminal de Ramirez. O caso segue sob análise da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.

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