Na pesquisa mais recente da AtlasIntel, Mamdani liderava as intenções de voto por sete pontos, com 41%, contra 34% do ex-governador estadual Andrew Cuomo
Os nova-iorquinos compareceram às urnas nesta terça-feira (4) para escolher o novo prefeito da cidade. Entre os nomes com maiores intenções de voto para assumir o cargo, se destaca o esquerdista muçulmano Zohran Mamdani, que aparece como favorito e tem sido uma pedra no sapato do presidente Donald Trump. Essa eleição é o primeiro teste eleitoral do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e tem sido a votação mais acompanhada no país. O republicado chama Mamdani de “comunista” e ameaça bloquear recursos federais para a cidade em caso de vitória do democrata. “Não sou fã de Cuomo, mas se tiver que escolher entre um democrata ruim e um comunista, vou escolher o democrata ruim sempre, para ser honesto”, afirmou
Na pesquisa mais recente da AtlasIntel, Mamdani liderava as intenções de voto por sete pontos, com 41%, contra 34% do ex-governador estadual Andrew Cuomo, acusado de agressão sexual e que concorre como independente após perder as primárias do Partido Democrata, e 24% do candidato republicano Curtis Sliwa, fundador do grupo de vigilância anticrime ‘Guardian Angels’. Os locais de votação abriram às 6h00 locais (8h00 de Brasília) e devem fechar às 21h00 (23h00 de Brasília).
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Conheça os candidatos
Nascido em Uganda em uma família de origem indiana, Zohran Mamdani vive nos Estados Unidos desde os sete anos de idade. Em 2018, ano em que foi eleito legislador do Queens, um bairro composto majoritariamente por migrantes, tornou-se cidadão americano. Ele é filho da cineasta Mira Nair (“Um Casamento à Indiana”, “Salaam Bombay!”) e de Mahmood Mamdani, professor e respeitado especialista em África, razão pela qual alguns de seus críticos o chamam de “nepo baby”. Fã de futebol e críquete, o candidato se casou recentemente com a ilustradora americana Rama Duwaji.
Fotografia cedida pela campanha do candidato na Alcalá de Nova York Zohran Mamdani em Nova York │EFE/ Equipo de Campaña Zohran Mamadani
Frequentou a prestigiosa Bronx High School of Science e depois o Bowdoin College, no Maine, uma universidade considerada reduto do pensamento progressista. Sob o pseudônimo ‘Young Cardamom’, se aventurou no mundo do rap em 2015, influenciado pelo grupo de hip hop ‘Das Racist’, composto por dois membros com raízes indianas que brincavam com referências a este país asiático. Se interessou por política quando soube que o rapper Heems (Himanshu Suri) apoiava um candidato ao conselho municipal e juntou-se àquela campanha como ativista. Mamdani então passou a ser conselheiro de prevenção de execuções hipotecárias e ajudava proprietários com dificuldades financeiras a evitar perder suas casas.
Defensor fervoroso da causa palestina desde seus anos de estudante, suas posições sobre Israel (que ele classificou como “regime de apartheid”) e a guerra em Gaza (um “genocídio”) lhe renderam a hostilidade de parte da comunidade judaica. Para acalmar os ânimos, nos últimos meses ele tem denunciado abertamente o antissemitismo.
Andrew Cuomo
Andrew Cuomo candidato a prefeitura de Nova York │Darren McGee/EFE
Andrew Cuomo é um político norte-americano do Partido Democrata, conhecido por ter governado o Estado de Nova York entre 2011 e 2021. Nascido em 6 de dezembro de 1957, ele é filho de Mario Cuomo, que também foi governador de Nova York. Antes de assumir o governo estadual, Cuomo foi secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos no governo de Bill Clinton (1997–2001) e procurador-geral de Nova York (2007–2010).
Durante sua gestão, ganhou destaque por medidas de cunho progressista, como a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aumento do salário mínimo estadual. Também foi elogiado pela atuação firme no início da pandemia de Covid-19, em 2020, quando suas coletivas diárias ganharam projeção nacional. A trajetória política, no entanto, foi interrompida em agosto de 2021, quando Cuomo renunciou ao cargo após uma investigação apontar que ele assediou sexualmente várias mulheres, incluindo funcionárias do governo. Ele negou as acusações, mas deixou o posto sob forte pressão política. Desde então, mantém-se afastado da vida pública.
*Com informações da AFP
FonteJovem Pan News









