A presidente do México, Claudia Sheinbaum, negou a existência de qualquer acordo com os Estados Unidos no combate a cartéis de drogas. A informação foi divulgada pela líder mexicana nesta terça-feira (19/8), durante coletiva de imprensa.
Um dia antes, a Agência Antidrogas dos EUA (DEA) emitiu um comunicado, no qual a suposta parceria no combate ao tráfico internacional foi anunciada.
“A DEA emitiu esse comunicado, mas não sabemos com que base. Não chegamos a nenhum acordo com a DEA por meio de nenhuma das agências de segurança”, declarou Sheinbaum.
Segundo a agência norte-americana, o Projeto Portero — como foi chamado o acordo — visa combater criminosos que atuam ao longo da fronteira entre EUA e México, na facilitação da entrada de drogas no território do país.
Apesar da negativa, a presidente mexicana afirmou que um possível acordo de coordenação de segurança tem sido discutido com os EUA. O pacto, contudo, priorizaria o “respeito territorial” dos países.
Desde o início de seu segundo mandato, o presidente Donald Trump tem tomado medidas contra o México, visto por ele como uma das principais portas de entrada de drogas nos EUA. O líder norte-americano chegou a declarar estado de emergência na fronteira, e enviou militares para a região.
Intervencionismo
Na mesma coletiva de imprensa, a presidente do México também comentou sobre o envio de forças norte-americanas para a América Latina e Caribe, com o objetivo de supostamente combater o tráfico na região.
“Não ao intervencionismo. Isso não é apenas uma convicção, está na Constituição. Tudo se resolve pelo diálogo”, declarou Sheinbaum.
A medida surgiu após Washington classificar uma série de grupos ligados ao tráfico internacional como organizações terroristas. O que abriu, na prática, precedentes para operações militares norte-americanas em países terceiros.
Entre eles a Venezuela de Nicolás Maduro. O presidente do país é apontado pelo governo Trump como chefe de um dos cartéis de drogas venezuelanos — mesmo sem provas concretas da acusação.
Nesta terça-feira (19/8), a Casa Branca voltou a ameaçar o líder chavista, e afirmou que a administração Trump vai usar “todo o poder” do país contra Maduro.
FonteMetrópoles









