As forças de segurança de São Paulo identificaram, nesta quinta-feira, 18, um quarto suspeito pelo envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O crime ocorreu na noite da última segunda-feira, 15, em Praia Grande, no litoral paulista.
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De acordo com as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito teria solicitado a uma mulher já presa que fosse buscar um fuzil na Baixada Santista. O armamento seria um dos utilizados na execução do ex-delegado. Os investigadores também afirmam que ele foi visto em posse do veículo usado pelos criminosos para perseguir a vítima. O automóvel foi posteriormente abandonado e incendiado.
Com essas evidências, a Polícia Civil pediu a prisão do suspeito, que foi decretada pela Justiça. Agora, três homens investigados permanecem foragidos.
Prisão da mulher e contradições no depoimento
A mulher que teria transportado o fuzil da Baixada Santista para a região metropolitana foi detida na madrugada desta quinta-feira. No dia seguinte ao crime, ela usou um carro de aplicativo para ir até Praia Grande, onde recebeu a arma. Em seguida, levou o fuzil para Diadema e o entregou a um homem ainda não identificado.
Durante depoimento no DHPP, que durou quase sete horas, a mulher apresentou versões contraditórias. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, afirmou que ela “deu algumas características do local, o qual ela foi buscar esse pacote, inclusive características essas que estamos procurando na região dos fatos”. O celular da suspeita foi apreendido para análise pericial.
Assassinaram hoje na Praia Grande o ex-delegado Ruy Ferraz Pontes, um dos pioneiros no combate ao PCC.
ROTA e CHOQUE a caminho de Santos! pic.twitter.com/3hj84fbtF6— Italo Marsinho (@ItaloMarsinho) September 15, 2025
O assassinato do ex-delegado
O ataque contra Fontes ocorreu por volta das 18h20 da segunda-feira, 15, na Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, em Praia Grande. Imagens de câmeras de segurança mostram que o carro da vítima foi perseguido por uma caminhonete Hilux preta. Ao tentar escapar, o veículo do ex-delegado bateu em um ônibus e capotou.
Na sequência, homens armados desceram do automóvel e dispararam diversas vezes contra Fontes, que morreu no local. Ele tinha 63 anos e, atualmente, exercia o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
Fontes ingressou na Polícia Civil em 1988 e comandou a instituição entre 2019 e 2022. Durante sua trajetória, foi responsável por investigações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), como a prisão de líderes como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e André Oliveira Macedo, o André do Rap. Por causa dessa atuação, era considerado alvo prioritário da facção.
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com diferentes linhas de investigação, entre elas a possibilidade de vingança do PCC e eventuais vínculos com a atuação de Fontes como secretário de Administração de Praia Grande.
Leia também: “A ousadia do crime organizado”, reportagem de Edilson Salgueiro publicada na Edição 243 da Revista Oeste
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Fonte:Revista Oeste









