Uma estratégia do Governo de São Paulo para recuperar celulares furtados ou roubados vem mostrando resultados consistentes. Em apenas seis meses, 44,9 mil aparelhos foram recuperados pela polícia — média de 250 por dia.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os indicadores de roubos e furtos de celulares seguem em queda. Entre agosto de 2024 e junho de 2025, foram 241,5 mil ocorrências, contra 259,2 mil no mesmo período anterior.
Na capital e na Região Metropolitana, a redução foi ainda mais expressiva: no primeiro semestre deste ano, foram 43,7 mil registros de roubo, ante 50,6 mil em 2024 — queda de 13,6%.
A estratégia da Polícia de São Paulo
O resultado é atribuído a um conjunto de ações da Secretaria de Segurança Pública do Estado. A Polícia Civil intensificou o combate ao comércio ilegal de celulares e ampliou a repressão a receptadores, apontados como elo central da cadeia criminosa.
Paralelamente, o programa SP Mobile foi expandido para todo o estado, com o objetivo de cruzar dados de boletins de ocorrência com informações fornecidas pelas operadoras, a partir do número de identificação único dos aparelhos, o IMEI.
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Segundo o delegado Rodolfo Latif, coordenador do programa, a atuação tem caráter multidisciplinar. “Temos estudado, feito testes e realizado ações não só para combater, mas também para devolver esses aparelhos às vítimas”, explicou. Quando um celular roubado é reativado, o usuário é notificado e intimado a comparecer à delegacia. Quem não colabora pode responder a novas medidas de investigação.
Outra frente é a fiscalização de estabelecimentos comerciais. Mais de 4,2 mil lojas já foram vistoriadas, resultando em 899 prisões em flagrante por receptação. Na capital, desde o início da gestão, cerca de 40 mil aparelhos foram recuperados e devolvidos aos donos.
Como funciona o processo de recuperação
O processo de recuperação inclui cinco etapas: extração de dados via IMEI, articulação com operadoras, contato com usuários, formalização do crime em delegacia e convocação da vítima para reaver o celular.
Para as autoridades, além de devolver bens, o modelo envia um recado claro: a receptação deixou de ser um crime lucrativo em São Paulo.
“Essa foi a forma mais eficaz que encontramos de dar respostas à sociedade”, acrescentou Latif. “Sabemos que esse crime aumenta a sensação de impunidade, mas temos feito ações e estudado novas ideias para enfrentar o problema”.
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Fonte:Revista Oeste