A Polícia Civil de São Paulo cumpriu, na manhã desta segunda-feira, 29, oito mandados de busca e apreensão no litoral paulista. Os alvos estão nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande. A operação integra a investigação do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto na segunda-feira 15.
A Justiça autorizou os mandados, que miram pessoas com possíveis vínculos com funcionários da Prefeitura de Praia Grande. Uma das linhas de apuração indica que a execução pode estar ligada ao trabalho de Ruy na gestão pública. Desde 2023, ele ocupava o cargo de secretário de Administração na cidade.
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Considerado um dos maiores especialistas sobre o Primeiro Comando da Capital, Ruy comandou a Polícia Civil no governo de João Doria. Sua morte mobilizou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que lidera a operação em curso.
A Secretaria de Segurança Pública informou que as diligências continuam e que, por ora, os detalhes serão mantidos em sigilo para não comprometer os trabalhos.

Até agora, a polícia pediu a prisão de oito pessoas suspeitas de envolvimento no crime. A Justiça acatou todos os pedidos. Quatro suspeitos continuam foragidos.
Casa usada no crime e fuzil apreendido
Um dos presos é William Marques, de 36 anos. Ele se apresentou voluntariamente. A polícia afirma que os executores usaram a sua casa, em Praia Grande. William está detido no Departamento Estadual de Investigações Criminais. A defesa nega qualquer envolvimento com o caso.
Segundo os investigadores, Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, presa na semana passada, retirou um fuzil do imóvel de William. A arma teria sido usada na execução de Ruy. Pires mora em Diadema e tem antecedentes por tráfico de drogas. Inicialmente, ela negou saber o que carregava, mas depois confessou que transportava um fuzil.
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A polícia acredita que o namorado de Pires, Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, também envolvido no crime, foi quem ordenou a entrega do armamento. Ele está foragido.
Polícia procura quatro foragidos por morte de Ruy Ferraz
Entre os foragidos estão:
- Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, indicado como mandante da entrega do fuzil;
- Humberto Alberto Gomes, cujas digitais foram encontradas em um imóvel usado como base criminosa em Mongaguá;
- Felipe Avelino da Silva, 33 anos, conhecido como “Mascherano”; e
- Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos.
Fonte:Revista Oeste









