A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (18), o programador Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”. A prisão é uma das 16 ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos na nova fase da Operação Sem Desconto, que conta com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU). Outra medida decretada foi o afastamento do cargo e a prisão domiciliar do secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal.

Adroaldo já foi chefe de gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA), atual vice-líder do governo no Senado e outro dos alvos da PF nesta fase. No caso de Weverton, a operação cumpre ordem de busca e apreensão em sua residência. Ao todo, são 52 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em seis estados: São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão. A Gazeta do Povo entrou em contato com todos os citados e o espaço segue aberto para manifestação.

Descobertas sobre fraudes levaram a instauração da CPMI do INSS

Além de pai e filho, Romeu e Antônio são sócios. Uma das empresas que compartilham tem o nome de “World Cannabis” e é alvo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. O “careca do INSS” é apontado pelas investigações como um dos principais envolvidos nos descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Já Adroaldo entrou para a Esplanada em maio de 2023. O portal Metrópoles revelou que ele também é filiado ao PDT e também já chegou a se reunir com o “careca do INSS”.

A CPMI do INSS também mira, agora, o filho do presidente Lula (PT), Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como “Lulinha”, também por suspeita de ligação com Antunes. No dia 4 de dezembro, a comissão rejeitou a convocação do filho mais velho do atual presidente.

O prejuízo estimado às vítimas é de R$ 6,3 milhões, dos quais mais de R$ 2 milhões já foram devolvidos pelo governo federal.