Uma mutação no vírus da gripe aviária (H5N1) pode desencadear uma pandemia com potencial para ser mais severa que a de Covid-19, alerta uma especialista do Instituto Pasteur, na França. A principal preocupação é a falta de imunidade na população e o risco de doença grave mesmo em pessoas saudáveis.
Por que a gripe aviária é considerada uma ameaça tão séria?
A população em geral tem defesas contra as gripes comuns, mas não contra a linhagem H5 do vírus da gripe aviária, de forma semelhante ao que ocorreu com o coronavírus. Diferentemente da Covid-19, no entanto, o H5N1 pode causar quadros graves e levar à morte até mesmo pessoas jovens e saudáveis, não se restringindo a idosos ou pacientes com comorbidades.
O vírus já infectou humanos?
Sim, mas os casos ainda são raros e aconteceram por contato direto com aves infectadas. O grande temor é que uma mutação facilite a transmissão de pessoa para pessoa. Desde 2003, foram registrados 976 casos de infecção humana pelo H5N1, com 470 mortes, o que representa uma alta taxa de letalidade de 48%.
O vírus já circula em outros animais além de aves?
Sim. Houve um aumento expressivo de infecções em mamíferos, como em rebanhos de gado leiteiro nos Estados Unidos e em animais silvestres. Isso indica que o vírus já está se adaptando para se espalhar mais facilmente entre espécies, o que acende o alerta para uma possível adaptação à transmissão entre humanos.
Qual foi o impacto da gripe aviária até agora?
O prejuízo é bilionário. Em 20 anos, a doença levou à morte ou ao sacrifício de 633 milhões de aves no mundo. Apenas nos Estados Unidos, desde 2022, os prejuízos no setor avícola ultrapassaram US$ 1 bilhão. Surtos também afetam a exportação de carne de frango, como ocorreu temporariamente no Brasil após um caso confirmado em uma granja comercial.
O que está sendo feito para evitar uma nova pandemia?
Autoridades de saúde, como o Centro Europeu de Prevenção de Doenças, já recomendam que os países preparem planos de contingência. As medidas incluem aumentar a capacidade de hospitais, incentivar o uso de máscaras e isolar pessoas doentes, caso o vírus comece a se espalhar entre humanos. Apesar do alerta, o risco atual de isso acontecer ainda é classificado como “muito baixo”.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.
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Fonte: Gazeta do Povo









