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Número de vozes caladas pelo STF é segredo a ser desvendado

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No programa Última Análise desta segunda-feira (8), os convidados se debruçaram sobre uma das perguntas sem resposta no país: desde a abertura do inquérito das fake news em 2019, quantas pessoas o Supremo Tribunal Federal (STF) já silenciou? Entre jornalistas, parlamentares, empresários e cidadãos comuns o dado permanece em segredo. O ex-assessor de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, estima 3 a 4 mil, somente durante as eleições de 2022. Ou seja, o número pode ser ainda maior.

O ex-procurador Deltan Dallagnol disse que o cálculo pode ser impossível de ser alcançado com precisão, sobretudo pela própria supressão das informações pelo STF. Ainda, ele exemplifica o seu caso, em que teve o mandato cassado, como sendo também um caso de censura. “345.000 eleitores que votaram em mim foram silenciados pela minha cassação. Eles tinham uma voz que os representava no Congresso Nacional. Ou seja, a conta começa alta”.

Gazeta do Povo fez pedidos ao STF, há cerca de um mês, sobre o número de cidadãos bloqueados nas redes sociais. Porém, eles não foram atendidos, nem pelos canais destinados à imprensa, nem pelo sistema da Lei de Acesso à Informação (LAI).

“Eles não querem que a gente saiba, justamente porque, quando não sabemos estes números, qualquer um também poderá ser investigado”, explica o jurista André Marsiglia. Desta forma, segundo ele, os processos sigilosos e secretos da Corte se tratam, na verdade, de uma estratégia deliberada do órgão.

O vereador Guilherme Kilter afirma que Alexandre de Moraes “já perdeu essa conta” de quantas pessoas foram silenciadas ou presas. “É tudo ‘copia e cola’. Só muda o nome e os dados e vai condenando as pessoas”, ele ironiza.

Manifestação pela anistia tensiona cenário político

Durante as manifestações de 7 de setembro do último domingo (7), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na Avenida Paulista, subiu o tom contra o STF e criticou a “tirania de um ministro como Moraes”. Logo em seguida, veio a resposta do ministro Gilmar Mendes, no X, que criticou as tentativas tentativas de golpe e defendeu o papel da Corte.

“Se por acaso tivessem chamado todos os 210 milhões de brasileiros de ‘pequenos tiranos’, estaria tudo bem e ninguém criticaria”, afirma Deltan. O ex-procurador se refere à manifestação da ministra Cármen Lúcia, que assim se referiu à população brasileira, em voto, ainda este ano.

Em paralelo ao avanço da pauta da anistia, nesta terça-feira (9) tem início, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, o terceiro dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e e mais sete réus, acusados de planejar um golpe de estado.

“Bolsonaro é vítima de uma injustiça. Ele não deveria estar inelegível, não deveria estar em prisão domiciliar e não deveria estar sendo julgado. Como provavelmente vai ser condenado, é importante que se coloque isso às claras: os ministros não gostam do Bolsonaro”, criticou Kilter.

O programa Última Análise faz parte do conteúdo jornalístico ao vivo da Gazeta do Povo, no YouTube. O horário de exibição é das 19h às 20h30, de segunda a sexta-feira. A proposta é discutir de forma racional, aprofundada e respeitosa alguns dos temas desafiadores para os rumos do país.



FonteGazeta do Povo

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