O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinou nesta quinta-feira (11) um acordo que dá prosseguimento ao plano de construção de 3,4 mil novas unidades habitacionais no assentamento judaico de Ma’aleh Adumim, localizado na Cisjordânia.
O projeto, que havia sido aprovado pela Administração Civil israelense em agosto, impedirá o acesso a Jerusalém Oriental a partir da Cisjordânia ocupada e dificultará o estabelecimento de um Estado palestino contíguo.
“Vamos cumprir a promessa de que não haverá um Estado palestino”, disse Netanyahu durante visita ao assentamento nesta quinta-feira, segundo informações da agência France-Presse (AFP).
“Este lugar nos pertence. Protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança. Vamos dobrar a população da cidade”, acrescentou o primeiro-ministro.
Quando o governo de Israel deu sinal verde para o projeto, no mês passado, o ministro das Finanças e colono israelense, Bezalel Smotrich, disse que a expansão do assentamento “apaga na prática a ilusão dos dois Estados”.
“O Estado palestino está sendo apagado da mesa não com slogans, mas com ações. Cada assentamento, cada bairro, cada moradia é um novo prego no caixão desta ideia perigosa”, disse Smotrich.
A ONG israelense Peace Now afirmou que o plano é “mortal para o futuro de Israel e para qualquer chance de alcançar uma solução pacífica de dois Estados”.
FonteGazeta do Povo