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Nepal reprime com violência ato contra censura de redes sociais

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Diversas pessoas foram mortas nesta segunda-feira (8) em Katmandu, capital do Nepal, após protestos contra a decisão do governo de bloquear plataformas de redes sociais resultarem em confrontos com a polícia.

Segundo as autoridades, ao menos 19 manifestantes perderam a vida e dezenas ficaram feridos quando forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, canhões de água, balas de borracha e, em determinado momento, chegaram a abrir fogo contra a multidão.

O porta-voz da polícia de Katmandu, Shekhar Khanal, confirmou que 17 mortes ocorreram na capital.

“Gás lacrimogêneo e canhões de água foram usados depois que os manifestantes invadiram a área restrita”, disse à agência France-Presse (AFP). Já no leste do país, em Itahari, outros dois manifestantes morreram após a decretação de um toque de recolher, de acordo com a polícia local.

O governo havia determinado na semana passada o bloqueio de 26 plataformas digitais – incluindo Facebook, X e YouTube – sob a alegação de que não cumpriram o prazo para se registrar junto ao Ministério de Comunicação e Tecnologia da Informação. Desde então, milhões de usuários enfrentam dificuldades de acesso, embora muitos recorram a VPNs para driblar as restrições.

Os protestos, convocados principalmente por jovens, reuniram milhares em frente ao Parlamento. Os manifestantes carregavam cartazes com frases como “chega de corrupção” e entoavam palavras de ordem.

“Parem o banimento das redes sociais, combatam a corrupção, não a internet”, gritavam.

A situação se agravou quando parte da multidão ultrapassou barreiras de segurança e tentou entrar no complexo parlamentar. Policiais foram obrigados a recuar para dentro do prédio e, em seguida, responderam com disparos de armas de fogo. Médicos relataram à imprensa que muitos feridos vítimas das autoridades durante o protesto apresentavam lesões graves.

“Muitos parecem ter sido atingidos na cabeça e no peito”, declarou.

O governo do Nepal decretou toque de recolher em áreas estratégicas da capital, como o Parlamento, a sede do governo e a residência presidencial. O Exército também posicionou tropas nas ruas.

As medidas contra as redes sociais fazem parte de um projeto de lei que está em debate no Parlamento nepalês, exigindo que empresas de tecnologia abram representação oficial no país e sigam rígidas regras de monitoramento de conteúdo. Autoridades alegam que a legislação visa combater fake news, discursos de ódio e fraudes online.

Organizações de direitos humanos e críticos internos denunciam, porém, que a proposta é um instrumento de censura. Para eles, o objetivo real é controlar a liberdade de expressão e punir opositores políticos que usam as redes para denunciar corrupção e arbitrariedades do governo.

Em 2023, o Nepal já havia banido temporariamente o aplicativo TikTok, acusando-o de prejudicar a “harmonia social”.



FonteGazeta do Povo

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