O Tribunal de Justiça da Paraíba manteve a condenação de três acusados por um golpe milionário que envolve o cultivo de hortaliças que ficou conhecido como “golpe do tomate”. O julgamento de recurso da defesa ocorreu na terça-feira 23, na Câmara Criminal, em João Pessoa.
Foram condenados o dono da empresa Hort Agreste, Jucélio Pereira; a sócia-administradora, Priscila dos Santos; e o diretor financeiro, Nuriey de Castro. Eles respondem por estelionato e organização criminosa. A empresa funcionava em Lagoa Seca, no Agreste da Paraíba, onde investidores não recebiam os rendimentos prometidos.
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O relator, desembargador Joás de Brito, argumentou que a decisão do juiz Geraldo Emílio Porto, em maio, se baseou em provas que “não deixaram dúvidas sobre um esquema de pirâmide” com participação dos acusados.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou o trio em fevereiro de 2025. Na ação, Jucélio e Priscila aparecem como donos da Hort Agreste, e Nuriey como parceiro comercial. Todos respondem por estelionato majorado e organização criminosa.
Defesa questiona competência da Justiça estadual
A defesa alegou que o caso deveria tramitar na Justiça Federal. Os advogados também afirmaram cerceamento de defesa e pediram a absolvição pelo crime de organização criminosa. Os desembargadores negaram ambas as alegações.

Com a decisão, Jucélio Pereira e Nuriey de Castro seguem presos. Priscila dos Santos responderá em liberdade enquanto o processo tramita em instâncias superiores.
Entenda o ‘golpe do tomate’
O esquema envolvia investimentos em hortaliças hidropônicas. Segundo as investigações, o golpe causou prejuízo de cerca de R$ 120 milhões.
Os envolvidos ofereciam lucros acima da realidade do mercado financeiro, mas, quando chegava o prazo para pagamento, os investidores não recebiam esses valores. Os empresários prometiam rendimentos mensais de 7% a 10% e participação de 30% nos lucros. Em novembro de 2023, no entanto, interromperam todos os pagamentos.
Segundo relatos, Jucélio chegou a prometer uma “invenção mágica” que aceleraria a produção das hortaliças.
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Fonte:Revista Oeste









