Casos recentes de intoxicação por metanol ligados ao consumo de bebidas alcoólicas já causaram duas mortes em São Paulo e São Bernardo do Campo, conforme informou o Centro de Vigilância Sanitária do Estado neste sábado, 27. Autoridades investigam dez ocorrências suspeitas na capital paulista.
Desde junho, seis pessoas foram diagnosticadas com intoxicação por metanol, sendo que dois desses casos evoluíram para óbito. As suspeitas mais recentes envolvem pacientes que consumiram bebidas adulteradas na região da Mooca/Aricanduva e em São Bernardo do Campo.
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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima da capital era um homem de 54 anos, cujo quadro de intoxicação começou em 9 de setembro, resultando em morte seis dias depois. Em São Bernardo, a prefeitura aguarda exames para confirmação da contaminação por metanol em outro óbito atendido no Hospital de Urgência.
Intoxicação por metanol avança no Estado

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou na sexta-feira 26 que a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos recebeu, pelo Sistema de Alerta Rápido, notificação de nove casos de intoxicação por metanol em todo o Estado em 25 dias, todos decorrentes de ingestão de álcool adulterado.
O metanol, composto químico inflamável e tóxico, é difícil de distinguir de bebidas alcoólicas comuns por seu cheiro e aparência. Apesar de ocorrer naturalmente em pequenas quantidades, em doses elevadas é extremamente perigoso à saúde humana.
Vigilância sanitária e orientações ao consumidor
O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo acompanha as fiscalizações nos estabelecimentos comerciais suspeitos de vender produtos contaminados. O órgão reforça que bebidas de origem clandestina ou sem procedência confiável podem conter substâncias nocivas.
A orientação é que consumidores, bares e empresas verifiquem a procedência dos produtos, priorizando itens de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre e selo fiscal. O objetivo é evitar novas intoxicações graves causadas por produtos de origem incerta.
O Ministério da Justiça adverte que o consumo acidental ou voluntário de metanol provoca intoxicações severas e fatais. Situações assim representam risco de surtos epidêmicos, com alta letalidade, exigindo pronta resposta das autoridades de saúde pública.
Sintomas típicos da intoxicação por metanol incluem dificuldades motoras, sedação, alterações comportamentais, dor abdominal, vômito, dor de cabeça, taquicardia, convulsão e visão turva, especialmente depois de ingestão de bebidas suspeitas. Em casos de suspeita, o atendimento médico de emergência é indispensável.
Fonte:Revista Oeste









