O influenciador Hytalo Santos e seu companheiro, Israel Natã Vicente, deixaram o CDP 1 de Pinheiros, em São Paulo, às 10h45 desta quinta-feira, 28. Eles foram transferidos para João Pessoa (PB), onde seguirão presos preventivamente.

Detidos desde 15 de agosto, eles embarcaram em voo às 14h em Guarulhos e chegaram às 17h na capital paraibana, sob escolta policial.

A Justiça paulista autorizou a transferência porque o caso é investigado pela Polícia da Paraíba. Presos em Carapicuíba, eles são acusados de tentar destruir provas e intimidar testemunhas depois de descobrirem o inquérito.

Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho por suposta exploração e exposição de menores em redes sociais, o que ele nega.

Detalhes da transferência de Hytalo Santos e companheiro

Depois do desembarque, passaram por exame de corpo de delito e foram levados à Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Roger, principal unidade para presos provisórios da capital.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba, mais de 50 agentes participaram da operação. Inicialmente, os dois ficam em regime de observação, sem contato com outros detentos.

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Uma inspeção anterior do Ministério Público apontou melhorias na unidade, como sala para audiências virtuais e iluminação reforçada, mas também problemas como precariedade médica, falta de medicamentos, higiene inadequada e extintores sem manutenção.

Repercussão de denúncias levou à prisão de Hytalo Santos

No sábado 16, a Justiça da Paraíba rejeitou o pedido de liberdade apresentado pela defesa dos influenciadores. Apesar de as investigações sobre os crimes se arrastarem há anos, as prisões só ocorreram depois da repercussão de um vídeo de 50 minutos divulgado pelo influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca.

O youtuber detalhou esquemas nos quais Hytalo e outros criadores de conteúdo expunham e erotizavam crianças e adolescentes em vídeos feitos em uma mansão na Paraíba. Felca relatou ao programa Fantástico, em entrevista no domingo, 17, que dedicou um ano para reunir provas e páginas com conteúdos suspeitos.

Depois da divulgação do vídeo, Hytalo e o companheiro deixaram a mansão, viajaram de carro até Carapicuíba e alugaram uma casa. O Judiciário paraibano considerou a mudança uma tentativa de fuga e destruição de provas. As contas nas redes sociais de ambos também foram suspensas por determinação judicial.

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