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FED confirma as expectativas. E o Copom?

Ferramenta do BC permite bloquear abertura de contas falsas em bancos


O Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, cortou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,75 e 4% ao ano, como esperava o mercado. E apontando os fatores de incerteza que já vinham sendo observados: a inflação ao consumidor voltou a subir, chegando aos 3%%, ante a meta de 2%; mas o mercado de trabalho tem dado sinais de fraqueza, o que levou a esse reforço no ciclo de redução dos juros. O FED tem o duplo mandato de calibrar os juros para fazer a inflação caminhar para a meta, mas também tem de cuidar para que a freada na atividade não produza efeitos mais negativos sobre o emprego. A decisão priorizou o emprego. A meta fica como objetivo de longo prazo.

Do ponto de vista do Brasil, a decisão até traz mais alívio para o Copom. Juros menores nos Estados Unidos tendem a ampliar o fluxo de investimentos para outros mercados, o que pode ajudar a manter o dólar mais baixo frente ao Real, colaborando no controle da inflação. Desde que fatores de risco relacionados ao âmbito doméstico não reduzam a atratividade. Mas com o elevado diferencial de juros, algum risco nem faz tanta diferença.

A questão é que o Copom não leva em conta apenas possíveis influências externas, nem a inflação presente. Caso contrário já estariam dadas as condições para o início dos cortes da Selic. O IPCA subiu apenas 0,18% em novembro, menor variação para o mês em sete anos, com o acumulado em 12 meses recuando para 4,46%, abaixo do teto da meta, que é 4,5%. E as projeções do mercado para o fechamento do ano estão até menores. Só que o foco do BC é a convergência das projeções para o centro da meta, os 3%. O que só deve ocorrer em prazo mais longo e com a manutenção da política monetária ainda contracionista.

Portanto, mesmo que o Copom comece a cortar os juros em 2026, a queda deve ser bem gradual. E o mercado já assimilou essa indicação, tanto que ao elevar as previsões de crescimento da economia, neste e no próximo ano, elevou também a previsão da Selic no final de 2026, para 12,25%. Uma semana atrás previa 12%, segundo o relatório Focus. A economia ainda segue em ritmo acima do previsto num contexto de juros tão elevados, o que também segura a queda da inflação, via demanda. A força do mercado de trabalho é uma das explicações. E na composição do IPCA ainda se percebe uma pressão maior dos preços de Serviços, com variações acima do índice.

E no cenário considerado para a definição dos juros ainda tem as incertezas fiscais, as dúvidas quanto à evolução das contas públicas, que podem gerar pressões inflacionárias adicionais.

É ver como o Copom, na reunião desta super quarta, vai abordar todos esses fatores, se o comunicado trará alguma sinalização quanto aos futuros passos da política monetária. Por ora, mesmo com fatores mais favoráveis, como o corte dos juros nos EUA e o IPCA na margem de tolerância da meta, o mercado ainda aposta mais no início dos cortes da Selic em março, não mais em janeiro, como previa até pouco tempo atrás.




FonteJovem Pan News

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