Com o início do julgamento de integrantes do núcleo central da suposta tentativa de golpe de Estado marcado para esta terça-feira, 2, no Supremo Tribunal Federal (STF), o Exército determinou a proibição de concentrações e protestos próximos aos quartéis em todo o país.
A orientação de “tolerância zero” foi transmitida aos comandos regionais, especialmente diante das manifestações anunciadas para o feriado de 7 de setembro, que coincidem com a análise do caso na Primeira Turma do STF.
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O Comando Militar do Planalto, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, realiza reuniões contínuas para definir estratégias de segurança tanto para o período do julgamento quanto para as comemorações da Independência, conforme apuração da emissora CNN.
Em Brasília, os manifestantes devem se reunir na área da Torre de TV, afastada das instalações militares e da Praça dos Três Poderes. Oficiais, sob anonimato, avaliam que não são esperados atos nas imediações dos quartéis, em parte devido ao posicionamento do Alto Comando do Exército, que se manteve passivo diante dos questionamentos à validade das eleições de 2022.
O julgamento envolve figuras militares de alto escalão, incluindo o capitão reformado Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, além dos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Braga Netto, e do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.
Apesar da sensibilidade do tema para as Forças Armadas, oficiais acompanharam a posição do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de que “é preciso separar o CPF do CNPJ”. À CNN, oficiais defenderam punição individual sem comprometer as instituições.

| Foto: Érico Alves/Ministério da Defesa
Manifestantes do 8/1 montaram acampamento em quartéis do Exército
Depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, apoiadores de Bolsonaro mantiveram acampamentos diante de quartéis, pedindo intervenção militar. Esses grupos permaneceram mobilizados e, em 8 de janeiro de 2023, partiram do Quartel-General em Brasília em direção às sedes dos Três Poderes.
Membros da alta cúpula do Exército classificam como “erro” ter permitido a presença prolongada desses manifestantes, mas alegam que o contexto político da época, com Bolsonaro no governo, limitou ações contrárias. Entretanto, há registro de que militares próximos a Lula resistiram ao desmonte dos acampamentos.
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Fonte:Revista Oeste