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Evento em universidade federal avança contra o agronegócio

Evento em universidade federal avança contra o agronegócio


A realização de uma jornada universitária na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) reacendeu o debate sobre o uso de instituições públicas para fins ideológicos. O jornal Gazeta do Povo divulgou as informações nesta quinta-feira, 25.

Realizado na segunda-feira 22, o evento incluiu entre seus slogans a frase “Defender a vida, combater o agronegócio”. O ato gerou protestos de estudantes e representantes do setor agropecuário.

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O encontro marcou a abertura da XII Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura), realizada paralelamente à aula inaugural de uma turma de Medicina Veterinária destinada a alunos assentados da reforma agrária.

Entidades do agronegócio no Rio Grande do Sul divulgaram notas de repúdio. Segundo os comunicados, o mote do evento ultrapassa a crítica acadêmica e promove hostilidade contra um setor que responde por grande parte da economia nacional.

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A repercussão se espalhou rapidamente. Parlamentares acionaram o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União e a Procuradoria-Geral da República. Eles cobram apuração sobre discurso de ódio. Além disso, questionam se houve uso indevido de espaço público federal para promover uma agenda política.

Estudantes e docentes reagem internamente

A manifestação também atingiu o ambiente acadêmico. Diretórios estudantis de cursos ligados à produção agropecuária, como Agronomia, Zootecnia e Engenharia Agrícola, expressaram publicamente sua insatisfação.

O grupo de Medicina Veterinária, por exemplo, destacou a importância do agronegócio para a segurança alimentar e para a atuação profissional dos próprios alunos. Em nota, os estudantes reforçaram que a pluralidade entre os matriculados não compromete a missão do curso.

“Assim, pedimos serenidade neste momento, reafirmando que o curso de medicina veterinária da UFPEL é único e coeso em sua missão, mesmo contando com turmas de diferentes origens e trajetórias”, manifestou a disciplina em nota.

Faculdade de Agronomia diz não ter sido consultada

O diretor da Faculdade de Agronomia, Dirceu Agostinetto, afirmou que tomou conhecimento da jornada apenas depois de evento. Segundo ele, a associação da universidade a uma posição ideológica contra o agro compromete a imagem institucional.

“Isso nos afeta diretamente, porque fazemos muitas aulas práticas e atividades de extensão, então visitamos diferentes tipos de propriedades”, disse Agostinetto.

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Agostinetto teme queda na procura pelo curso, cuja maioria dos alunos vem de famílias ligadas à agricultura. A faculdade, fundada em 1883, é a mais antiga do país na área.

Organização afirma que crítica é ao modelo, não ao setor

Os organizadores da jornada justificam, em nota, que a frase não representa ataque direto a produtores ou à agricultura. Segundo a comissão, o termo “agronegócio” refere-se a um modelo concentrador de terras, baseado em monoculturas, defensivos agrícolas e impacto ambiental.

Eles também negam qualquer vínculo entre o evento e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.

“A Jura é um evento de caráter nacional, realizado desde 2013 em diversas instituições de ensino superior”, diz trecho da nota. “Anualmente, é definido um tema articulador para as jornadas, que é utilizado em todas as Juras que ocorrem no país, buscando abordar temas e problemas que atravessam a vida das populações do campo, das águas e das florestas.”

UFPel defende “diversidade de perspectivas”

A reitoria da universidade divulgou nota em defesa da atividade. O comunicado afirma que a instituição atua há mais de 20 anos com turmas especiais voltadas a assentados da reforma agrária e reforça o compromisso com a formação crítica e cidadã.

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“Cumprimos, assim, nossa função social: formar profissionais críticos, capazes de analisar e debater temas relevantes e complexos para a sociedade brasileira, entre eles os modelos de produção no campo, sempre orientados pelo interesse público e pelo respeito à diversidade de perspectivas”, escreveu a Ufpel.



Fonte:Revista Oeste

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