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Embaixador britânico nos EUA é demitido por vínculos com Epstein

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, demitiu Peter Mandelson como embaixador nos Estados Unidos com efeito imediato, após vir à tona o passado do diplomata com o financista americano Jeffrey Epstein, segundo informou nesta quinta-feira (11) o governo britânico.

O secretário de Estado de Relações Exteriores, Stephen Doughty, comunicou hoje aos deputados na Câmara dos Comuns a decisão tomada por Starmer, uma semana antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, iniciar uma visita de Estado de dois dias ao Reino Unido.

O líder trabalhista enfrentava fortes pressões dos partidos da oposição para que destituísse Mandelson pelas revelações sobre seu vínculo com Epstein, falecido em 2019 na prisão após ser acusado de tráfico e abuso sexual de menores.

Nos últimos dias, legisladores americanos divulgaram vários documentos, entre eles uma carta na qual Mandelson, que foi ministro para a Irlanda do Norte no governo de Tony Blair, se referia a Epstein como seu “melhor amigo”, enquanto a imprensa mostrou fotografias do embaixador com o magnata financeiro.

“À luz das informações adicionais contidas nos e-mails escritos por Peter Mandelson, o primeiro-ministro solicitou à ministra das Relações Exteriores [Yvette Cooper] que o demitisse como embaixador”, diz um comunicado enviado à Agência EFE pelo Foreign Office enquanto Doughty falava no Parlamento.

“Os e-mails mostram que a profundidade e o alcance da relação de Peter Mandelson com Jeffrey Epstein diferem substancialmente do que se conhecia no momento de sua nomeação. Em particular, a sugestão de Peter Mandelson de que a primeira condenação de Jeffrey Epstein foi injusta e deveria ser contestada constitui nova informação. Por isso, e em consideração às vítimas dos crimes de Epstein, ele foi destituído como embaixador com efeito imediato”, acrescenta a nota.

Segundo o tabloide britânico The Sun, Mandelson enviou mensagens de apoio a Epstein enquanto enfrentava acusações nos EUA, onde morreu na prisão à espera do início do julgamento.

Em recentes declarações à imprensa britânica, o agora ex-embaixador disse que confiou na inocência do magnata, o que “se provou ser terrivelmente falso”. 

“Seus advogados afirmaram que se tratava de uma extorsão, uma conspiração criminosa. Confiei muito em sua palavra, algo que lamento até hoje”, declarou.

Vários deputados conservadores e trabalhistas haviam pedido a destituição de Mandelson, mas Starmer mantinha seu respaldo.

O premiê chegou a dizer ontem no Parlamento que Mandelson havia “expressado repetidamente seu profundo arrependimento” por sua relação com Epstein, mas a líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, considerava que a posição do embaixador era insustentável.

“Mandelson pode ter saído, mas, assim como com Angela Rayner [ex-número 2 do governo], Starmer hesitou quando precisou ser decisivo. Repetidamente ele prioriza o partido em vez do país. Faltam-lhe coragem e convicção. Agora existem sérias dúvidas sobre o que Starmer sabia e quando. Merecemos saber”, escreveu hoje Badenoch em sua conta no X após a demissão do embaixador ser divulgada.

Mandelson foi uma figura-chave dentro do Partido Trabalhista, uma vez que ajudou Blair a vencer as eleições gerais de 1997 e depois foi ministro no seu governo.

A saída de Mandelson representa outro revés para o atual primeiro-ministro, depois que na semana passada Angela Rayner apresentou sua renúncia como vice-primeira-ministra e responsável por Habitação por conta de um escândalo por arranjos fiscais na compra de um apartamento.



FonteGazeta do Povo

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