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Crime organizado investe em pistas de pouso na Amazônia

Pista de Novo Aripuanã, no Amazonas; até aeródromos regulares são usados pelo crime organizado | Foto: Divulgação

A seca histórica que atingiu a Amazônia entre 2023 e 2024 fez com que facções criminosas, em especial o Primeiro Comando da Capital (PCC), passassem a usar aviões e helicópteros no lugar de barcos para transportar drogas, armas e ouro de garimpos ilegais.

Segundo o portal Metrópoles, só no Amazonas, autoridades já identificaram cerca de 200 pistas usadas pelo crime para pousos e decolagens.

A logística segue o regime de cheias e vazantes dos rios amazônicos. Durante a cheia, embarcações passam despercebidas pela fiscalização precária, aproveitando atalhos. Na seca, com os rios estreitos, as facções intensificam o uso das rotas aéreas.

Depois do pioneirismo do PCC, o Comando Vermelho (CV) também passou a investir nesse modelo.

Características das pistas de voo do crime organizado na Amazônia

Pista de Novo Aripuanã, no Amazonas; até aeródromos regulares são usados pelo crime organizado | Foto: Divulgação

As pistas são, em sua maioria, de terra. Algumas têm estrutura de ponta, com iluminação para pousos noturnos e capacidade de apoiar aeronaves pequenas carregadas com drogas, armas, equipamentos ou garimpeiros.

Relatórios sinalizam que até aeródromos regulares, como o de Novo Aripuanã, no caminho entre Manaus e Porto Velho, são usados pelas facções. Em fevereiro, o Greenpeace encontrou 130 balsas de garimpo ilegal na região, parte delas entre Novo Aripuanã e Humaitá.

As pistas também servem para abastecer garimpos, transportar combustível, maquinário e escoar minérios ilegais, além de abrir caminho para desmatamento e grilagem. Há concentrações em áreas próximas às divisas com Rondônia, Acre, Pará e Roraima.

No Alto Solimões, fronteira com Peru e Colômbia, apenas três pistas foram detectadas, apesar da forte presença do CV na rota fluvial entre Tabatinga e o Atlântico. Muitas vezes, moradores locais são cooptados ou coagidos a colaborar.

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O combate é difícil: aeronaves voam baixo, rente às árvores e fora dos radares. Ainda assim, há avanços. Entre fevereiro e março, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado encontrou três pistas em Careiro (BR-319), inutilizou dois helicópteros, um avião e destruiu 4 mil litros de combustível.

Muitos dos equipamentos apreendidos estão em estado precário, o que surpreende até os policiais sobre sua capacidade de voo.

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Fonte:Revista Oeste

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