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Cid vai “começar a viver novamente”, diz advogada após julgamento

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A advogada Vânia Bittencourt, que compôs a banca de defesa do tenente-coronel Mauro Cid no processo da suposta tentativa de golpe de Estado, afirmou nesta sexta (12) que a delação que fez com a Polícia Federal “causou pavor em muita gente” por conta da sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – ele era ajudante de ordens do então mandatário do Palácio do Planalto.

Foi a partir da delação de Cid que a autoridade desenvolveu toda a investigação que supostamente apontou a liderança de Bolsonaro no plano para se manter no poder após as eleições de 2022. Ele foi condenado nesta quinta (11) a 27 anos e três meses de prisão, enquanto que Cid recebeu uma pena de apenas 2 anos em regime aberto por ter colaborado com a polícia.

“Um delator que vai entregar aquele que era o seu chefe e que, em tese, o Cid seria a pessoa mais próxima do ex-presidente, e o pavor que isso causou em muita gente”. […] O Cid foi muito atacado”, afirmou a advogada em entrevista à analista política Basília Rodrigues em uma rede social.

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Vânia Bittencourt, que compôs a banca de defesa de Cid junto do marido, o advogado Cézar Bittencourt, afirmou que a imagem do tenente-coronel está “devastada em tudo”, que ele não tem vida social e que as filhas são atacadas no colégio. No entanto, que acredita que, com o avanço para o fim do processo, isso será restabelecido e que ele “vai começar a viver novamente”.

“Sabemos que é o maior processo jurídico da história recente do país. Acho que a imagem dele vai se restabelecer a partir de agora. Acabando esse processo, ele vai começar a viver novamente. A imagem depois se recupera, o que importa é ter a liberdade de volta e consciência tranquila do que fez”, afirmou.

Embora Cid tenha sido condenado a dois anos de em regime aberto, Vânia Bittencourt afirma que vai entrar com um pedido judicial para que esse tempo seja descontado do período em que já está detido, tendo apenas um saldo de seis meses. Também pedirá a retirada da tornozeleira eletrônica e a devolução de todos os bens apreendidos, mesmo que o processo ainda não tenha transitado em julgado – ou seja, definitivamente finalizado.

A advogada pontuou, ainda, que Cid não perderá a patente de tenente-coronel do Exército como pode ocorrer com os demais militares condenados pelo STF, mas que ele também não acredita mais na possibilidade de ser promovido a coronel, que estava no seu radar para ocorrer em breve, tanto que ele já pediu baixa para a reserva.

Vânia afirma que ainda não conversou com Cid sobre o que fará daqui para frente, mas que ele está conversando com a família e deve partir para atuar em outra profissão.

“Ele sempre foi primeiro em tudo o que faz e fez, qualquer profissão será muito bem. Convivi dois anos muito próxima a ele, e posso afirmar que ele é uma pessoa extremamente inteligente e dedicada no que faz, terá sucesso em qualquer profissão”, completou.

A pena de Cid foi definida com base nos benefícios do acordo de colaboração premiada, que inclui a restituição de bens, extensão de benefícios ao pai, esposa e filha maior, e segurança familiar pela Polícia Federal.



FonteGazeta do Povo

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