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Carretas de empresas ligadas ao PCC são abandonadas na Bahia

Mohamad Hussein Mourad, o 'Primo'

Carretas carregadas de combustível das empresas G8LOG e Moska Log foram abandonadas, nesta sexta-feira, 29, em um posto de combustíveis em Camaçari, na Bahia. As companhias pertencem a alvos da megaoperação deflagrada nesta quinta-feira, 28 contra o crime organizado.

Segundo a investigação, a G8LOG Agro Ltda e a Moska Log atuam como empresas de fachada ligadas a Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Ambos estão foragidos.

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O Ministério Público aponta Mohamad como “epicentro” do esquema do PCC no setor de combustíveis, que usava empresas em toda a cadeia, de usinas a postos, para fraudes fiscais e lavagem de bilhões.

Mohamad Hussein Mourad, o ‘Primo’ | Foto: Reprodução/ LinkedIn

Nas redes sociais, Mohamad se apresentava como CEO da G8LOG e consultor da Copape. “Sou um empresário e investidor que acredita na potência do trabalho, da disciplina e do comprometimento como caminho para o alcance de resultados sólidos”, publicou no seu perfil do LinkedIn.

Empresas usadas para ocultar patrimônio do PCC

A G8LOG Agro, criada em 2024, transportava cana e etanol para usinas do Grupo Itajobi, mas, de acordo com as investigações, funcionava para ocultar patrimônio. A frota estava registrada em nome da Blue Star, que também é uma empresa de fachada.

Já a Moska Log operava integrada à G8LOG, com a mesma logomarca, telefone e frota. As duas reforçavam a estratégia de criar camadas societárias para lavagem de dinheiro. Imóveis e veículos da G8LOG foram alvo de apreensão.

Roberto Augusto Leme da Silva, o 'Beto Louco'
Roberto Augusto Leme da Silva, o ‘Beto Louco’ | oto: Reprodução/Polícia Civil

O grupo inflava preços em transações para sonegar impostos e obter créditos indevidos. “Beto Louco”, apontado como colíder, geria as empresas para falsificação de documentos, fraudes contábeis e lavagem de capitais.

Operação em 8 estados

A Operação Carbono Oculto mobilizou 1,4 mil agentes em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Segundo a Secretaria da Fazenda de São Paulo, o grupo sonegou R$ 7,6 bilhões em impostos. O PCC usava empresas em todas as etapas da produção e da distribuição de combustíveis, incluindo importação irregular de químicos e adulteração em postos.

A Receita, por sua vez, identificou 40 fundos de investimento controlados pelo grupo, com patrimônio de R$ 30 bilhões, usados para financiar usinas, distribuidoras, transportadoras e postos.

Mais de 350 alvos, entre pessoas e empresas, são investigados por crimes fiscais, ambientais, adulteração de combustíveis, estelionato e lavagem de dinheiro. O Ministério Público de São Paulo coordena a ação com apoio do Ministério Público Federal, da Receita e de forças policiais.

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Fonte:Revista Oeste

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