O fundador da 1021 Blindagens, Alfredo Capopizza, participou do programa Oeste Negócios da última segunda-feira, 1º, e explicou as melhorias da terceira geração do mercado de blindagem automotiva. Entre os destaques, o empresário aponta o uso da fibra aramida, que reduz o peso da carroceria e garante mais segurança ao condutor.
“A primeira geração de blindagem trabalhava com aço em todo lugar”, explica o especialista. “A segunda geração já tem uma mistura de manta e aço. A terceira geração de blindagem tem mais aramida, produtos de ponta, produtos unidirecionais. Você saiu de 400 quilos, pulou para 280 e hoje já tem um sedã de 140 quilos [de blindagem].”
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Aramida é uma manta de fibra sintética resistente e muito mais leve do que o aço — o que não compromete a dirigibilidade do veículo. O produto é aplicado em partes estruturais da carroceria, como teto, portas e painéis.
“Antigamente tinha problema de centro de gravidade e de frenagem”, relata Capopizza. “Hoje, com duas pessoas no carro, é praticamente neutro. A frenagem é muito similar, você faz curva sem perder a traseira, sem perder a frente, faz curvas lineares. Não tem grandes mudanças de performance.”
“Até hoje se usa muito o aço, mas as blindadoras de ponta não usam mais”, relata o empresário. “Elas estão nessa tecnologia unidirecional e também com um material chamado ultrapoly. Quem tem tecnologia não usa mais o aço.”
Blindagem no Brasil bate recorde em 2024
Segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), o Brasil blindou 34 mil veículos no ano de 2024. O Estado de São Paulo responde por quase 85% desses serviços — quase 29 mil veículos. Em seguida aparece o Rio de Janeiro, com 2,6 mil, e o Ceará, com quase mil blindagens.

“Quem faz a primeira blindagem dificilmente abre mão dessa segurança, estendendo a proteção a outros carros da família”, diz Marcelo Silva, presidente da associação. “Isso explica não apenas o crescimento constante da frota blindada, mas também sua descentralização, com Estados do Nordeste e do Sul figurando no ranking nacional há pelo menos dois anos”.
Ainda de acordo com a Abrablin, as marcas que mais realizaram blindagens no ano passado foram: Toyota, Jeep, BMW, Volkswagen e BYD.
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Fonte:Revista Oeste