Ao menos seis palestinos morreram neste domingo (19) e outros nove ficaram feridos em um bombardeio das Forças de Defesa de Israel (FDI) em frente a um café no centro de Gaza, informaram à Agência EFE fontes do necrotério do Hospital Mártires de Al Aqsa, em Deir al Balah, que recebeu os corpos. Um drone bombardeou uma reunião de pessoas nas imediações do café Twix, na área de Al Zuweida, no centro de Gaza. O café está situado junto à estrada de Rashid, que atravessa Gaza de norte a sul, a poucos metros do mar.

Vídeos divulgados em canais palestinos mostram colunas de fumaça subindo junto ao mar, pois o estabelecimento está localizado praticamente sobre a areia, e habitantes de Gaza retirando os feridos, entre eles crianças, do local do ataque. Instantes depois, segundo apurou a EFE, as forças israelenses bombardearam mais duas vezes a região central de Gaza, no campo de refugiados de Nuseirat.

Os dois ataques, consecutivos, ocorreram nos arredores do estádio Al Ahli, em Nuseirat, e, segundo a emissora catari Al Jazeera, causaram um número ainda indeterminado de feridos.

Estes bombardeios ocorreram pouco após o governo israelense ordenar uma “ação enérgica contra alvos terroristas” na Faixa, em resposta aos combates ocorridos em Rafah, no sul de Gaza.

Nesta manhã, ocorreu fogo cruzado entre milicianos e as forças israelenses em Rafah, depois que os primeiros lançaram contra as tropas “um míssil antitanque e disparos” na área, segundo detalhou um comunicado militar, que classificou o incidente como “uma flagrante violação” do acordo de cessar-fogo.

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Por sua vez, a força Radea, uma unidade da polícia do Ministério do Interior do Hamas em Gaza, assegurou ter realizado na área uma operação para perseguir Yasser Abu Shabab, líder de uma milícia que colabora com Israel no sul do enclave. Segundo uma fonte do braço armado do Hamas, as forças armadas israelenses saíram em defesa de Abu Shabab, o que desencadeou os combates.

Tanto o Hamas como seu braço armado, as Brigadas Al-Qassam, se desvincularam dos confrontos. O Al Qasam, especificamente, assegura que perdeu o contato com seus membros na área de Rafah quando Israel retomou sua ofensiva em Gaza em março deste ano.

*Com informações da EFE
Publicado por Nícolas Robert