A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta segunda-feira (8) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que o ex-presidente possa realizar um procedimento médico em Brasília no próximo domingo (14), após o fim do julgamento do núcleo 1 da suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo relatório médico, Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, deve passar por uma cirurgia de pele no próximo domingo (14). O procedimento está marcado para o Hospital DF Star e não prevê internação.
Os advogados apresentaram laudo médico com dois diagnósticos. O primeiro, CID-10 D22.5, trata de pintas benignas conhecidas como “nevo melanocítico”. O segundo, CID-10 D48.5, corresponde a uma lesão de natureza indefinida, que exige remoção para análise.
A defesa destacou no pedido: “JAIR MESSIAS BOLSONARO, já qualificado nos autos em epígrafe, por seus advogados que esta subscrevem, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer autorização para deslocamento a fim de se submeter a procedimento médico no Hospital DF Star, no dia 14/09/2025, conforme relatório médico anexo”.
A equipe médica vai remover e suturar as lesões. Eles classificam a cirurgia como segura e de baixa complexidade.
Procedimento médico de Bolsonaro deve ocorrer dois dias após fim do julgamento
O novo procedimento médico deve ocorrer dois dias após a Primeira Turma do STF retomar o julgamento sobre a trama golpista. Bolsonaro é acusado de ser o líder e principal beneficiado do suposto plano.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e as defesas dos acusados apresentaram as sustentações na última passada. Os ministros retomam a análise nesta terça (9) com o voto de Moraes e concluem até sexta (12).
Ex-presidente passou por atendimento médico em agosto
Em agosto, Bolsonaro já havia recebido autorização para exames médicos. Na ocasião, relatava agravamento de refluxo e soluços persistentes desde a facada sofrida em 2018.
Um boletim médico, divulgado após os exames, apontou infecções pulmonares recentes, possivelmente ligadas à broncoaspiração. A endoscopia mostrou esofagite e gastrite em intensidade menor, mas exigindo tratamento contínuo.
FonteGazeta do Povo