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Aviso dos EUA traz novo componente a julgamento de Bolsonaro

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No programa Última Análise desta terça-feira (9), os convidados analisaram a ameaça dos EUA que pairou no ar enquanto os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes votaram pela condenação no julgamento de Jair Bolsonaro. Ainda enquanto os votos eram proclamados, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Donald Trump não terá receio de usar o “poder econômico” e o “poder militar” para proteger a liberdade de expressão em outros países.

O jurista André Marsiglia lamentou que no Brasil, hoje, se discuta a possibilidade de intervenção estrangeira, mas relativizou a ameaça americana. “A porta-voz não estava necessariamente se referindo ao Brasil. Não se trata do mesmo que fizeram com a Venezuela, quando, aí sim, houve uma deliberada e direta ameaça”, explica.

Em seu voto, Dino acompanhou a posição do relator Moraes, pela condenação de Bolsonaro e de outros sete réus do chamado “núcleo 1”, mas divergiu quanto à dosimetria das penas. Além disso, na fundamentação, ele afirmou que a Corte não vai se dobrar por um simples “tweet” de um país estrangeiro, em referência às manifestações dos EUA a respeito do julgamento de Bolsonaro.

“Fica claro o cinismo de Dino nesta forma teatral com que ele fala. É um péssimo ator, até porque ele é muito mais um agente político, um militante travestido de juiz. É um ‘julgamento espetáculo’ e, infelizmente, o resultado é já é conhecido”, criticou a cientista política Júlia Lucy.

Julgamento deve ser finalizado esta semana

Moraes decidiu que “não há dúvidas que houve tentativa de golpe” e, para embasar seus argumentos, apontou para documentos e falas de live de Bolsonaro. “Voto no sentido da procedência total da ação penal pra condenar os réus. Todos os réus praticaram todas as condutas que caracterizam os delitos imputados pela Procuradoria-Geral da República”, ele afirmou.

O advogado Frederico Junkert criticou a tese de que o Oito de Janeiro seria um golpe de Estado, comparando a outros golpes concretos. “Houve duas situações recentes de golpe de Estado. Na Síria, o ditador Bashar al-Assad caiu e fugiu pra Rússia. E uma tentativa, contra Vladimir Putin, de Yevgueny Prigozhin, líder do grupo paramilitar ‘Wagner’, que marchou sobre Moscou. Você imaginar que senhoras portando um Bíblia teriam instrumentos para um golpe é risível”.

Nesta quarta-feira (10), caberá ao ministro Luiz Fux proferir o seu voto, na sexta sessão do julgamento do chamado “núcleo rucial” da suposta trama golpista. Em seguida, caberá à Cármen Lúcia e a Cristiano Zanin proclamar suas decisões. O processo tem sessões previstas para até a próxima sexta-feira (12).

O programa Última Análise faz parte do conteúdo jornalístico ao vivo da Gazeta do Povo, no YouTube. O horário de exibição é das 19h às 20h30, de segunda a sexta-feira. A proposta é discutir de forma racional, aprofundada e respeitosa alguns dos temas desafiadores para os rumos do país.



FonteGazeta do Povo

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