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Aneel propõe que 75 milhões paguem mais por energia em horário de pico e menos na baixa demanda

Aneel aprova consulta para regulamentar lei da nova tarifa social de energia elétrica


Medida mira cerca de 2,5 milhões de unidades consumidoras, sendo as grandes residências, comércios e pequenos serviços que consomem acima de 1.000 kWh por mês

Divulgação/Aneel
Segundo a Agência, a proposta busca adequar as tarifas à nova realidade do sistema elétrico brasileiro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou estudos para alterar a estrutura tarifária aplicada aos consumidores de baixa tensão e incentivar a migração para a cobrança que varia conforme o horário do dia, a chamada Tarifa Branca. A medida mira cerca de 2,5 milhões de unidades consumidoras, sendo as grandes residências, comércios e pequenos serviços que consomem acima de 1.000 kWh por mês.

A Tarifa Branca para esse grupo já está disponível, mas a adesão é considerada insignificante: apenas 0,1% dos 75 milhões de unidades consumidoras aptas optaram por essa estrutura, mesmo com uma redução média de 4,8% nas contas entre os que aderiram. A Aneel avalia inverter a lógica e transformar a tarifa o modelo padrão para esse grupo de consumidores de consumo elevado, mantendo a tarifa convencional apenas para quem está abaixo do limite proposto.

Segundo a Agência, a proposta busca adequar as tarifas à nova realidade do sistema elétrico brasileiro. Entre 10 horas e 14 horas, há grande disponibilidade de energia solar e eólica, com baixo custo de geração. Já entre 18 horas e 21 horas, quando o consumo atinge o pico e a oferta solar desaparece, entram em operação fontes mais caras, aumentando a pressão sobre o sistema.

Hoje, quem está na tarifa convencional paga o mesmo valor em qualquer momento do dia. Na Tarifa Branca, o medidor passa a registrar quanto foi consumido em cada período, permitindo que esses valores sejam cobrados de forma distinta. Nessa estrutura, 85% das horas do dia, as horas “cinza”, têm desconto de aproximadamente 14%. As horas “laranja” e “vermelha”, associadas a maior demanda, têm tarifa mais alta.

Na prática, a mudança permitiria ao consumidor reorganizar o uso de equipamentos de alto consumo, como bombas de piscina, carregadores de veículos elétricos, ar-condicionado e máquinas de maior porte, priorizando horários mais baratos. A Aneel enfatiza que a fatura pode até subir caso o consumo permaneça concentrado no horário de ponta, mas o objetivo é justamente dar condições para que o consumidor ajuste seus hábitos e capture descontos.

Migração

O estudo ainda passará por Consulta Pública, quando representantes da sociedade, distribuidoras, especialistas e consumidores poderão contribuir. Após a consolidação das sugestões, a Aneel planeja definir o formato final da mudança. A expectativa é que a implementação possa ocorrer já em 2026, com transição gradual conforme a substituição dos medidores.

A proposta inicial é de que a transição seja compulsória, mas a agência deve debater regras que possibilitem a saída da dinâmica após um período de testes. Assim, para consumidores que avaliarem que o modelo não os favorecem, seria possível retornar à tarifa padrão atual.

Para que a mudança ocorra, será necessária a substituição dos medidores atuais por modelos capazes de registrar o consumo hora a hora. A troca será realizada pelas distribuidoras como parte de seus ciclos de modernização. Os custos serão tratados como investimento prudente e reconhecidos nas revisões tarifárias, o que significa que o repasse às contas será diluído e ocorrerá da mesma forma que já acontece com qualquer equipamento substituído pelas concessionárias.

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A Aneel quer que as distribuidoras desempenhem papel ativo na orientação ao consumidor, explicando o funcionamento da tarifa e como é possível obter benefícios reais com a reorganização do consumo. A agência avalia que a baixa adesão à Tarifa Branca decorre mais da falta de informação e do comportamento inercial do que de resistência à modalidade.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório 





Fonte:Jovem Pan News

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