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Aliados do governo avaliam protestos como massivos, mas veem desgaste no Congresso

PL da Dosimetria: saiba como votou partidos e deputados


Ato pediu prioridade a “pautas positivas”; deputado petista vê “repúdio” a projetos e desgaste do Congresso

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (10) o Projeto de Lei da Dosimetria (PL 2.162/23)

Manifestantes foram às ruas em todas as capitais do país neste domingo (14) para protestar contra a possibilidade de anistia a envolvidos nas invasões de 8 de janeiro de 2023 e contra o projeto de lei que reduz o tempo de prisão de condenados por tentativa de golpe de Estado — a chamada “dosimetria especial”. Os atos, de tamanhos variados, ocuparam as principais avenidas com caminhadas, carros de som, shows e faixas que criticavam diretamente o Congresso Nacional.

Em meio aos protestos, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) avaliou o movimento como “massivo” e um sinal claro do desgaste da imagem do Legislativo, especialmente da Câmara, por dar sequência a essas pautas.

“Olha, as manifestações de ontem foram importantes, foram massivas no Brasil inteiro”, afirmou o parlamentar ao titular desta coluna. “E é claro que pautas como anistia e dosimetria não estão entusiasmando ninguém. Há um repúdio a esse tipo de pauta e, por isso, o desgaste, inclusive do Congresso Nacional, principalmente da Câmara.”

Correia defendeu que a Casa priorize uma agenda positiva ainda esta semana, com a votação de projetos de interesse social e econômico. “Então, temos que fazer uma pauta positiva esta semana, isso estamos esperando. Temos que aprovar o orçamento; aliás, esta é a última semana. Há os 10% de renúncia fiscal para abater, diminuindo essa renúncia e sobrando recursos para os investimentos sociais. Temos também o fundo social e a reforma tributária, que ainda tem pontos a serem votados, que são pautas econômicas importantes.”

O petista também citou outras matérias pendentes. “Duas pautas sobre segurança pública: o PL anti-facção, que foi consertado no Senado e tem que voltar para a Câmara, e a PEC da segurança. Tem ainda o Plano Nacional de Educação, que já está pronto para ser votado e ainda não foi. Então, tomara que o presidente [da Câmara] dê essas prioridades… esta semana, né?”

Os atos refletiram a tensão no cenário político. Em Brasília e em Minas Gerais, cartazes exibiam a imagem do presidente da Câmara, Hugo Motta (União-PB), rotulado como “traidor” por parte dos manifestantes. A insatisfação decorre de votações recentes em que Motta conduziu pautas de interesse da oposição, apesar de ter sido eleito para o comando da Casa com o apoio da base governista e de partidos de oposição.

A mobilização nacional ocorre em um momento crítico da agenda legislativa, com o Orçamento da União e outros projetos estruturantes dependendo de votação iminente. A pressão das ruas, segundo analistas, pode influenciar os rumos das negociações internas no Congresso, ainda mais com a imagem da Casa sob avaliação negativa da opinião pública.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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