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Aliados de Bolsonaro defendem anistia em Brasília e criticam STF

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Parlamentares do PL e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram de um ato neste domingo (7) marcado por críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedidos de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e manifestações de apoio ao ex-presidente, hoje em prisão domiciliar por decisão da Corte.

O ato também foi marcado por gritos de “volta, Bolsonaro” e aplausos direcionados ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), considerado pelos presentes como peça central da articulação internacional do movimento pela anistia e contra as ações do STF.

Diversas bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e Israel tremulavam em meio ao público que portava também uma série de cartazes pedindo por anistia e criticando, em especial, o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Pelo menos 50 homens da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanharam o ato que ocorreu no estacionamento da Funarte, atrás da Torre de TV, um dos pontos turísticos no centro de Brasília. Apesar da segurança reforçada, de acordo com a assessoria de imprensa da PMDF, não houve registro de ocorrências. O número do efetivo policial não é informado oficialmente, mas foi verificado pela reportagem no local.

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Críticas ao STF e Moraes e pedidos por anistia dominam discursos em Brasília

Os discursos feitos ao público reunido em Brasília foram pautados por críticas ao Supremo Tribunal Federal e por pedidos pela anistia. Deputados federais, senadores, deputados distritais, além de familiares de presos do 8 de janeiro discursaram do alto de um trio.

O deputado Zé Trovão (PL-SC) afirmou que há sete anos “tentam calar a nação brasileira” e disse que sua prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes apenas fortaleceu sua disposição de lutar. “Quando o Alexandre de Moraes me perseguiu e me colocou na cadeia, ele achou que eu ia me acovardar, que eu ia ter medo dele. Ele só me deu mais vontade de lutar pela minha nação”, disse o deputado. Zé Trovão também exaltou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), dizendo que o deputado “doou a sua vida” para atuar nos Estados Unidos em defesa da direita brasileira. “O nosso irmão Eduardo Bolsonaro tá fazendo o que ninguém fez até o dia de hoje. Doou a sua vida, deixou o seu país para lutar por nós ao lado do governo americano”, discursou.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) defendeu que a anistia aos presos e exilados políticos não é uma opção, mas uma “imposição”. “Nós não podemos dormir sossegados enquanto houver um preso político na cadeia, enquanto houver um exilado político, alguém que ama esse Brasil e está fora porque Xandão quer botar na cadeia. Nós não podemos descansar enquanto a justiça não for feita”, disse a deputada. Ela também ironizou o desfile oficial do 7 de setembro e afirmou que só haverá verdadeira democracia quando todos os presos políticos forem libertados.

O deputado Alberto Fraga (PL-DF) também falou sobre a anistia. De acordo com ele, a proposta será votada em até 20 dias e há votos para que ela seja aprovada.

A senadora Damares Alves (PL-DF) também destacou a mobilização internacional e citou o presidente dos EUA, Donald Trump, como parte de um movimento que estaria “renovando o mundo e acabando com a esquerda”. Para ela, “o jogo mudou” e as “verdades estão sendo reveladas”. “Há um ano atrás nós não tínhamos o povo com coragem de novo na rua. Nós estamos voltando. Falta pouco. Quero lembrar vocês que há um ano atrás, nós não tínhamos um Eduardo Tagliaferro entregando as provas. Há um ano atrás, nós não tínhamos Donald Trump. Há ano atrás, nós só tínhamos o medo, a tristeza e o desespero. O jogo mudou, gente. Acreditem”, disse a senadora.

O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) ressaltou a necessidade de a direita conquistar maioria no Senado em 2026, elegendo ao menos 54 senadores. Para ele, a mobilização de Eduardo Bolsonaro no exterior tem como objetivo “ajudar o Brasil” e fortalecer o movimento conservador.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) reforçou que qualquer eleição sem a participação de Bolsonaro seria um “golpe” e defendeu a aprovação de uma anistia “geral e irrestrita”.

O deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) também se manifestou no ato. Para ele, o Brasil vive em um “regime autoritário e ilegítimo”. “O povo brasileiro está dando mais um grito de liberdade. Nós manteremos isso e perserveraremos porque queremos justiça. Queremos que os presos políticos sejam soltos e que o Brasil seja um país livre”, disse o deputado à Gazeta do Povo.

O desembargador aposentado Sebastião Coelho classificou o STF como “Tribunal opressor” e acusou Moraes de “criminoso”. Para ele, as denúncias apresentadas no Senado por Eduardo Tagliaferro seriam suficientes para anular as eleições de 2022. “O que foi denunciado por Eduardo Tagliaferro na quinta-feira lá no Senado Federal é motivo suficiente para anular as eleições de 2022. Anular as eleições e convocar novas eleições. Mas enquanto isso não acontecer, nós vamos permanecer mobilizados nas ruas. Nós não podemos fraquejar nesse momento”, disse Coelho.

O ex-desembargador também chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) de “omisso” e “conivente” por não pautar a anistia. Coelho também se posicionou contra a possibilidade de um projeto de lei que não contemple a anistia para o ex-presidente Bolsonaro. “Anistia sem Bolsonaro é farsa”, declarou destacando que os crimes atribuídos ao ex-presidente são os mesmos que aos demais réus e condenados pelos atos de 8 de janeiro.

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Relatos emocionados de familiares de presos do 8 de janeiro fizeram parte dos atos

Entre os discursos, Luíza Cunha, filha do empresário conhecido como “Clezão”, morto após ser preso em 2022, cobrou justiça e pediu anistia. “A anistia não traz o meu pai de volta, mas traz a alegria de outras famílias de volta”, disse. Ela relatou ainda tortura contra presos do 8 de janeiro e disse que dedicará sua vida a honrar a memória do pai. “O sangue do meu pai, que corre na minha veia, clama por justiça. Eu tenho 21 anos e a minha vida é e será clamar por justiça”, disse a jovem.

No mesmo tom, Evandro Soares, pai do advogado Lucas Costa Brasileiro — preso desde 8 de janeiro de 2023 —, afirmou à Gazeta do Povo que a mobilização é fundamental para “acabar com a injustiça” e precisa ser encarada como um verdadeiro “grito de guerra”. Recentemente, a imagem de Lucas Costa Brasileiro algemado ao lado de forte esquema de segurança para acompanhar o velório da avó foi compartilhado nas redes sociais e gerou comoção.



FonteGazeta do Povo

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