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Caso Gritzbach completa um ano: três executores vão a júri popular e 18 PMs se tornam réus

Caso Gritzbach completa um ano: três executores vão a júri popular e 18 PMs se tornam réus


‘Ele nunca foi chamado de faccionado, mas lavava dinheiro para o PCC’, diz delegada Ivalda Aleixo em exclusiva à Jovem Pan

Reprodução/TVRecord
Gritzbach se apresentava como empresário do ramo imobiliário, mas também era investigado por lavagem de dinheiro para facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho

Há exato um ano, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o mais movimentado do país, foi palco de uma execução em plena luz do dia. A vítima, Antônio Vinícius Gritzbach, foi morta a tiros no dia 8 de novembro de 2024, em um crime que chocou o país pela audácia e pelas conexões com o crime organizado. No dia da execução, Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, motorista de aplicativo, também foi atingido pelos tiros e não resistiu aos ferimentos.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) concluiu, em apenas quatro meses, uma investigação considerada uma das mais complexas dos últimos tempos. O inquérito principal tem 500 páginas e detalha o papel de cada envolvido. Ao todo, oito pessoas foram indiciadas — seis por homicídio e duas por ajudarem na fuga dos executores.

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Quem era Gritzbach

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Antônio Vinícius Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024│Reprodução/TVRecord

Conhecido no meio empresarial, Gritzbach se apresentava como empresário do ramo imobiliário, mas também era investigado por lavagem de dinheiro para facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho, usando a compra e venda de imóveis para movimentar valores ilícitos. “Aqui, ele nunca foi chamado de faccionado”, afirma a diretora do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, que coordenou as investigações e participou de entrevista exclusiva com a Jovem Pan.

Gritzbach colaborava com a Justiça e era considerado delator de integrantes do crime organizado — o que, segundo a polícia, teria motivado sua execução.

18 policiais militares réus e três executores a júri popular

O caso revelou a participação de 18 policiais militares, que se tornaram réus. Três deles, apontados como os executores do crime, foram pronunciados e irão a júri popular. Eles estão presos no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. “Foi um trabalho minucioso de cruzamento de dados, imagens e comunicações que posicionou os executores exatamente na cena do crime”, explicou Ivalda Aleixo.

Mandante e motivação

As investigações apontam Emílio Carlos Gongorra, o “Cigarreira”, de 44 anos, como mandante da execução. Integrante do Comando Vermelho, ele teria ordenado o assassinato por vingança pessoal. “Havia uma motivação pessoal e uma dívida milionária entre eles”, disse Ivalda Aleixo.

Policiais e peritos forenses atendem à cena de um tiroteio no aeroporto internacional de Guarulhos

Policiais e peritos forenses atendem à cena de um tiroteio no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, em 8 de novembro de 2024 │Miguel Schincariol/AFP

Cigarreira acreditava que Gritzbach havia mandado matar um comparsa conhecido como “Cara Preto”, em 2021, além de responsabilizá-lo por prejuízos em um esquema de lavagem de dinheiro e investimentos em criptomoedas.
O criminoso deixou São Paulo um dia antes do crime, em voo fretado a partir de Jundiaí, e se refugiou no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Ele e outros dois envolvidos seguem foragidos.

As joias e o dinheiro

Outro ponto investigado é a origem de joias avaliadas em cerca de R$ 6 milhões, que Gritzbach tentava recuperar em uma negociação antes de ser morto. As peças haviam sido apreendidas e leiloadas judicialmente, mas voltaram à posse de um empresário identificado apenas como Pablo, que viajou para Dubai no mesmo dia do assassinato. “Outra questão que levantamos é a origem dessas joias e a ligação entre os envolvidos”, afirmou a diretora do DHPP.

O papel dos seguranças e novas linhas de apuração

Um segundo inquérito investiga se os seguranças de Gritzbach tiveram participação direta ou indireta no crime. “A gente precisa saber qual foi a participação efetiva deles naquele dia”, destacou a delegada Ivalda Aleixo.
A força-tarefa do DHPP analisou 6 terabytes de dados, 20 mil páginas de relatórios e 30 horas de imagens obtidas por meio de quebras de sigilo telefônico, telemático e bancário.

Um ano depois

“Foi uma das maiores operações de investigação de homicídio do Estado. Em quatro meses, conseguimos esclarecer o caso principal, identificar mandantes e reunir provas robustas”, concluiu a delegada.
Um ano depois da execução, a Polícia Civil considera o caso principal esclarecido. Os executores estão presos, os mandantes foram identificados e as provas, consolidadas.

As investigações seguem sob sigilo judicial, com foco na localização dos foragidos e na elucidação completa da cadeia criminosa.





Fonte:Jovem Pan News

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