Governo federal mobiliza forças para a capital dos EUA sob o rótulo ‘segurança reforçada’, enquanto opositores questionam a urgência da ação
O anúncio recente de recrutamento “Para todos os grandes patriotas da aplicação da lei que desejam se juntar à Força-Tarefa de aplicação da lei mais premiada do mundo, onde os policiais são plenamente autorizados e capacitados a exercer seu trabalho e combater o crime… seja cortina de defesa da capital da nação” reflete a ambição de Donald Trump de ativar uma nova frente de atuação para reforçar a segurança em Washington, D.C..
Em 27 de março de 2025, Trump assinou a ordem executiva “Executive Order 14252: Making the District of Columbia Safe and Beautiful, que instituiu a denominada “D.C. Safe and Beautiful Task Force”. Segundo ficha técnica da Casa-Branca, a taxa de homicídios em D.C. em 2024 foi de 27,54 por 100 000 habitantes. Ainda conforme o documento, o furto veicular atingiu 842,4 por 100 000 habitantes.
Em agosto de 2025, o governo anunciou uma mobilização de cerca de 800 soldados da Guarda Nacional do Distrito de Colúmbia (com cerca de 100-200 em patrulha ativa) para apoiar esta tarefa de segurança.
A Câmara dos Deputados, pelo comitê de supervisão, aprovou em 11 de setembro de 2025 um conjunto de 14 projetos para codificar as medidas e ampliar o escopo de atuação lavada pela ordem executiva.
A missão da força-tarefa inclui:
• Reforçar o policiamento federal e local em D.C. para “restaurar a ordem” e garantir que cidadãos, visitantes e trabalhadores federais possam operar sem medo de violência;
• Supervisionar unidades especializadas de aplicação da lei com poder de ação rápida e ostensiva;
• Implementar melhorias urbanas associadas à “beleza” da cidade — limpeza, grafite, recuperação de infra-estrutura — sob o argumento de que segurança e ambiente caminham juntos;
Repercussão e controvérsias
O anúncio do reforço federal em D.C. segue tensões de longa data entre o governo federal e a administração local sobre a jurisdição da capital, e a medida levanta debate sobre autonomia municipal.
Em 7 de agosto de 2025, o governo federal anunciou patrulhas federais em D.C., em uma operação inicial de sete dias, que pode ser estendida.
Críticos apontam que os dados de criminalidade em D.C. já estavam em declínio antes das ações anunciadas — o que gera questionamentos sobre a narrativa de “emergência”.
Por outro lado, os defensores da medida argumentam que a visibilidade federal, a mobilização e o recado de tolerância zero enviam um efeito de dissuasão que vai além dos números imediatos.
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A legislação proposta no Congresso (H.R. 5103 “Make the District of Columbia Safe and Beautiful Act”) pretende codificar formalmente muitos dos poderes executivos, o que abre espaço para discussão sobre alterações estruturais no modelo de governação de D.C.
A operação revela uma estratégia clara: vincular segurança pública, intervenção federal e marketing político. A ênfase nos “patriotas” e na “elite da aplicação da lei” agrega um tom combativo e simbólico, além do mero policiamento. No entanto, a eficácia prática, em termos de redução adicional de criminalidade, custo-benefício e impacto sobre direitos locais, ainda está sujeita a escrutínio.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
FonteJovem Pan News








