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Potente furacão Melissa provoca ‘danos vultosos’ e inundações em Cuba

Potente furacão Melissa provoca ‘danos vultosos’ e inundações em Cuba


Fenômeno superou a potência de alguns outros famosos, como o Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans em 2005

EFE/ Ernesto Mastrascusa
As autoridades cubanas informaram que cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas

O gigantesco furacão Melissa deixou nesta quarta-feira (29) “danos consideráveis” em Cuba e agora segue em direção às Bahamas, como parte de uma trajetória devastadora na qual atingiu a Jamaica como a tempestade mais potente a tocar terra em 90 anos. Melissa provocou inundações em cidades e povoados, destruição de infraestruturas, centenas de milhares de evacuados, cortes de energia e cerca de trinta mortos na região desde o fim de semana. Na terça-feira, atingiu a Jamaica com a força de um furacão de categoria máxima 5 na escala Saffir-Simpson. E na madrugada de quarta-feira golpeou Santiago de Cuba, no leste da ilha.

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O furacão perdeu força na tarde de quarta-feira e avança sobre o Atlântico com ventos sustentados de 155 quilômetros por hora. Ele se encontrava a 175 quilômetros do centro das Bahamas, para onde deve chegar à noite (no horário local), segundo o último boletim do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (CNH). Até o momento, o maior número de vítimas foi registrado no Haiti, que relatou nesta quarta-feira mais 20 mortos, elevando para 23 o total no país. Além disso, três pessoas morreram na Jamaica antes da chegada do furacão, três no Panamá e uma na República Dominicana.

Em Santiago de Cuba, o teto da casa de Mariela Reyes, dona de casa de 55 anos, foi arrancado e só parou ao cair no quarteirão seguinte. “Não é fácil perder tudo o que a gente tem. O pouco que você tem”, disse Reyes, desanimada. Na terça-feira, ela conseguiu guardar o televisor e outros eletrodomésticos na casa da irmã. A tempestade inundou casas e ruas, que no final da tarde de quarta-feira continuavam intransitáveis.

Assim que o perigo passou, moradores de Santiago de Cuba, a segunda cidade mais importante da ilha, com 500 mil habitantes, saíram de facão em punho para cortar árvores caídas e liberar as vias, constatou um jornalista da AFP. Nos arredores de Santiago de Cuba, algumas ovelhas morreram afogadas com a cheia de um rio e jaziam sobre o asfalto.

“Arrastando tudo em seu caminho”

O presidente Miguel Díaz-Canel disse em seu primeiro balanço da situação que foi “uma madrugada muito complexa”, com “danos consideráveis”, segundo mensagem publicada na rede X. A tempestade também quebrou vidraças, painéis e outras estruturas de um hotel onde estavam hospedados jornalistas, além de causar danos em hospitais e centros educativos.

As autoridades cubanas informaram que cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas, especialmente nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo. A empresa estatal de telecomunicações, ETECSA, informou que a província de Guantánamo e várias localidades de Santiago de Cuba, Granma e Holguín permaneciam sem rede telefônica.

Segundo o portal Cubadebate, durante a madrugada, na Sierra Maestra, as águas desciam “arrastando tudo em seu caminho” devido à cheia dos rios. No Haiti, onde nesta quarta-feira fecharam escolas, comércios e prédios administrativos, 20 moradores da cidade de Petit-Goave (sul) foram arrastados pelo rio La Digue, que transbordou na passagem do furacão.

Autoridades locais informaram que seguiam buscando um número ainda indeterminado de desaparecidos.

Jamaica, “zona de desastre”

Melissa chegou na terça-feira à Jamaica como furacão de categoria 5 e ventos sustentados de aproximadamente 300 km/h, tornando-se o mais potente a tocar o solo em 90 anos, segundo uma análise da AFP de dados meteorológicos do americano Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA). Em comparação, o furacão do Dia do Trabalho de 1935 devastou a região dos keys da Flórida com ventos também próximos de 300 km/h, e uma pressão atmosférica de 892 milibares.

O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, declarou que a ilha se tornou uma “zona de desastre”. As autoridades advertiram os moradores a se manterem protegidos pelo risco contínuo de inundações e deslizamentos de terra. “Parte do nosso teto foi arrancado pelo vento, outra parte desabou, toda a casa está inundada. As construções externas, como currais para os animais ou a cozinha, também foram destruídas”, declarou à AFP Lisa Sangster, moradora do sudoeste da Jamaica.

A devastação causada por Melissa na Jamaica atingiu “níveis nunca antes vistos” na ilha, declarou nesta quarta-feira um representante da ONU no local. “Pelo que sabemos até agora, houve uma destruição imensa e sem precedentes de infraestrutura, propriedades, estradas, redes de comunicação e linhas de energia”, disse Dennis Zulu, coordenador da ONU para diversos países do Caribe, incluindo a Jamaica, por videoconferência em Kingston.

Mais potente que o Katrina

A potência de Melissa superou a de alguns furacões, como o Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans em 2005. Cientistas afirmam que as mudanças climáticas causadas pelo ser humano intensificaram as grandes tempestades e aumentaram sua frequência.

O meteorologista Kerry Emanuel explicou que o aquecimento global está fazendo com que mais tempestades se intensifiquem rapidamente, como aconteceu com Melissa, o que aumenta o risco de chuvas extremas. “A água mata muito mais gente que o vento”, disse à AFP.

*Com informações da AFP
Publicado por Fernando Dias





FonteJovem Pan News

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