Esta terça-feira, 16, será marcada por dois fenômenos meteorológicos distintos no Brasil. Em 15 Estados, a umidade relativa do ar deve cair para valores críticos, em alguns casos abaixo de 15%, comparáveis aos registrados em desertos. Ao mesmo tempo, áreas de instabilidade associadas à formação de uma baixa pressão no Sul e Sudeste provocam chuvas pontuais, com risco de tempestades isoladas.
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Sul: chuvas ainda persistem
Depois das tempestades registradas no começo da semana, o Sul terá instabilidades mais restritas nesta terça. Chove de forma fraca a moderada no litoral norte do Rio Grande do Sul, no leste de Santa Catarina e no Paraná, principalmente no período da manhã.
Apesar da redução da intensidade, ainda há risco de acumulados elevados, especialmente em Florianópolis e áreas do litoral catarinense, onde os volumes podem ultrapassar 50 mm em um único dia. No Rio Grande do Sul, a Campanha e o centro do Estado registraram os maiores acumulados no dia anterior, mas nesta terça o tempo tende a estabilizar gradualmente.
Sudeste: baixa pressão leva chuva
No Sudeste, a formação de uma baixa pressão próxima à costa deve mudar o tempo em São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e Espírito Santo. Durante a manhã, a nebulosidade aumenta no leste paulista, com previsão de chuva fraca a moderada na capital e no litoral. Ao longo do dia, as instabilidades avançam para o Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde também pode chover.
Há previsão de rajadas de vento de até 60 km/h em áreas litorâneas e do interior, com risco de quedas de galhos. Os acumulados de chuva podem chegar a 30 mm em algumas cidades, volume considerado moderado, mas suficiente para causar alagamentos urbanos.
No interior paulista e mineiro, prevalece o calor intenso e a baixa umidade, com máximas de até 38°C. Essa condição mantém em alerta municípios do Triângulo Mineiro, noroeste de São Paulo e norte do Paraná.
Centro-Oeste: umidade do ar em nível extremo
A região continua sob condições críticas de baixa umidade, principalmente em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, índices variam de 15% a 23% em grande parte do território e podem chegar a 10% em pontos isolados. A temperatura máxima deve superar os 36°C em Cuiabá e Campo Grande, até 39°C em Cassilândia (MS).
Apesar do predomínio do tempo seco, há chance de pancadas de chuva no oeste do Mato Grosso e no extremo oeste do Mato Grosso do Sul, especialmente à tarde. Essas precipitações, no entanto, serão localizadas e de curta duração.
Nordeste: umidade baixa no interior
O Nordeste terá tempo seco no interior e maior presença de umidade no litoral. Estados como Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia apresentam baixos índices de umidade no interior, entre 21% e 33%. No oeste baiano, a previsão é de máxima de 35°C em Barreiras.
Já no litoral, a circulação de ventos oceânicos garante maior umidade e favorece a ocorrência de pancadas rápidas, especialmente em Salvador, Maceió e Recife. Fortaleza e Natal registram máximas em torno de 30°C, com períodos de sol entre nuvens.
Norte: dividido entre chuvas e seca
A região Norte enfrenta dois cenários distintos. Em áreas como o Amazonas e o Acre, há previsão de pancadas de chuva e trovoadas, enquanto no Tocantins e no sudoeste do Pará a preocupação maior é a baixa umidade do ar, com índices abaixo de 15% em algumas localidades.
Em Palmas, a máxima prevista é de 38°C. Manaus e Porto Velho terão instabilidades, com pancadas de chuva acompanhadas de descargas elétricas. As informações são do site Meteored.
O que esperar do tempo nesta terça-feira
O dia 16 de setembro será de atenção redobrada para a população de grande parte do país. Enquanto o Sul e o Sudeste lidam com instabilidades, chuvas e ventos, o Centro-Oeste, Norte e Nordeste enfrentam índices críticos de baixa umidade, que aumentam o risco de incêndios, problemas respiratórios e desidratação.
As autoridades de saúde recomendam evitar atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes, aumentar a ingestão de líquidos e manter ambientes úmidos sempre que possível.
Leia também: “O país da chuva”, artigo de Roberto Motta publicado na Edição 182 da Revista Oeste
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Fonte:Revista Oeste









