A Romênia, país que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), denunciou neste sábado (13) a violação de seu espaço aéreo por um drone da Rússia durante um ataque contra a Ucrânia.
O Ministério da Defesa confirmou que dois caças F-16 foram acionados para monitorar a aeronave, que entrou pela região do Delta do Danúbio e desapareceu dos radares. O governo da Romênia reforçou que o aparelho “não sobrevoou áreas povoadas e não representou perigo imediato para a população”.
O incidente ocorre dias após a Polônia ter anunciado a derrubada de drones russos em seu território. Após o episódio, Varsóvia determinou o fechamento temporário do aeroporto da cidade de Lublin neste sábado, por risco de novos ataques aéreos.
“Essas ações são preventivas e visam garantir a segurança do espaço aéreo e proteger os cidadãos”, informou o Comando Operacional das Forças Armadas polonesas.
Autoridades romenas alertaram moradores do condado de Tulcea, próximo à fronteira com a Ucrânia, para buscarem abrigo durante operações militares no território ucraniano. Segundo o ministro da Defesa, Ionut Mosteanu, os pilotos chegaram a avaliar a possibilidade de abater o drone que entrou em seu território neste sábado.
“Todas as informações neste momento indicam que a aeronave deixou o espaço aéreo em direção à Ucrânia”, disse ele à emissora Antena 3.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscou de agir de forma deliberada contra territórios da Otan.
“Os militares russos sabem exatamente para onde seus drones são enviados e quanto tempo podem permanecer no ar. Não é acidente, nem erro. É uma expansão deliberada da guerra”, afirmou. Ele defendeu o endurecimento das sanções e tarifas contra o regime de Vladimir Putin.
A ministra das Relações Exteriores da Romênia, Toiu Oana, classificou a ação como “inaceitável e imprudente”. Em nota, ela declarou que “a Romênia condena o comportamento da Rússia e toma as medidas necessárias para proteger sua soberania e segurança”. Oana prometeu levar o episódio à Assembleia Geral da ONU e pressionar pela adoção imediata do 19º pacote de sanções da União Europeia contra Moscou.
FonteGazeta do Povo