A vice-presidente-executiva de Pessoas da Vale, Catia Porto, deixou a mineradora, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira, 12. A executiva entrou em polêmicas no começo deste ano, quando disse que as políticas woke estão perdendo espaço nas grandes empresas.
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“A cultura woke está perdendo espaço”, afirmou Catia nas redes sociais. “Ao contrário da Diversidade, Equidade e Inclusão, que foca na diversidade como elemento-chave, há um novo movimento chamado Mérito, Excelência e Inteligência, que enfatiza uma combinação de mérito e altos padrões de desempenho juntamente com habilidades intelectuais.”
Agenda woke no mercado de trabalho
Conforme a executiva, a mudança na cultura faz com que o alto desempenho seja ainda mais valorizado pelas grandes empresas. Catia ainda disse que o mercado tem a percepção de que o trabalho presencial é mais produtivo.
“O modelo presencial é frequentemente associado a uma maior performance”, escreveu Catia. “Isso ocorre em razão dos aspectos específicos que favorecem a colaboração, o aprendizado e a produtividade.”
Depois da publicação, a então vice-presidente de Pessoas da Vale disse que “a pluralidade é boa para os negócios, dá resultados e engaja os times”. Ela também destacou que já participou de diversas atividades para promover inclusão ao longo da carreira.
O termo woke se refere originalmente a movimentos de esquerda nos Estados Unidos. Os militantes, pertencentes a esses grupos, dizem “combater as desigualdades sociais e o racismo”.
Cultura da diversidade perde espaço nos EUA
Apesar de ter origem nos EUA, a agenda woke está perdendo espaço entre os norte-americanos. Para ter uma ideia, o gigante da tecnologia Google reduziu o apoio a entidades sem fins lucrativos voltadas à promoção da diversidade.
O mesmo ocorre em instituições de ensino norte-americanas. A Universidade da Virgínia (UVA), por exemplo, proibiu o uso de políticas de diversidade.
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Outra prestigiada universidade, Columbia University, entrou no radar, depois de o governo de Donald Trump retirar cerca de US$ 400 milhões em financiamento. O corte ocorreu em razão da falta de uma política efetiva para conter o antissemitismo no campus.
Enquanto esse tipo de agenda perde espaço nos EUA, o Brasil insiste em mantê-la. A própria Vale, por exemplo, afirmou em nota enviada ao jornal Folha de S.Paulo que reafirma o compromisso com a questão.
Segundo a mineradora, a “pluralidade aprimora a capacidade de trazer novas soluções para o negócio”. A empresa disse ainda que esse tipo de política “gera engajamento e contribui para a inovação, a performance e a eficiência”.
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Fonte:Revista Oeste