A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 51% e ainda supera a aprovação de acordo com uma nova rodada da pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta (11). O levantamento aponta uma queda de 4 pontos percentuais na comparação com o levantamento do mês de junho, no limite da margem de erro de 2 pontos.
- Desaprovação: 51%, ante 55% em junho;
- Aprovação: 44%, ante 39%;
- Não sabe/não respondeu: 5%, ante 6%;
O Ipsos-Ipec ouviu 2 mil pessoas entre os dias 4 e 8 de setembro em 132 cidades brasileiras. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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Segundo o Ipsos-Ipec, a maior desaprovação ao terceiro mandato de Lula está entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (85%), moradores da região Sul (65%); com renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (63%), evangélicos (63%) e com ensino médio completo (58%). Já a aprovação é maior entre os próprios eleitores do petista (81%), moradores da região Nordeste (53%), com ensino fundamental completo (56%), com renda familiar de até um salário mínimo (54%) e entre católicos (51%).
Já a avaliação detalhada do governo do petista aponta uma queda mais expressiva na avaliação ruim/péssima, e uma melhora na percepção ótima/boa:
- Ruim/péssima: 38%, ante 43% em junho;
- Regular: 31%, ante 29%;
- Ótima/boa: 30%, ante 25%;
- Não sabe/não respondeu: 1%, ante 2%.
O levantamento aponta, ainda, uma leve melhora na confiança da população no presidente Lula, mas ainda uma grande desconfiança:
- Não confia: 56%, ante 58% em junho;
- Confia: 41%, ante 37%;
- Não sabe/não respondeu: 3%, ante 4%.
Na avaliação da diretora do Ipsos-Ipec, Márcia Cavallari, não houve uma movimentação estatisticamente significativa do grau de confiança dos brasileiros no governo Lula entre junho e setembro.
“A confiança é um indicador mais difícil de ser reconstruído do que a aprovação. A leve melhora não altera o cenário principal, já que uma maioria consolidada de 56% dos brasileiros não confia no presidente, uma barreira que o governo ainda não conseguiu transpor”, pontuou.
O instituto apontou, ainda, que ainda há uma percepção negativa sobre o desempenho do governo federal maior do que a positiva:
- Pior: 44%, ante 50% em junho;
- Igual: 30%, ante 28%;
- Melhor: 24%, ante 20%;
- Não sabe/não respondeu: 3%, ante 2%.
““Embora as expectativas em relação ao governo ainda sejam desfavoráveis, há sinais de melhora com a reversão da curva de frustração. Ainda assim, esse sentimento de decepção continua sendo predominante”, completou Márcia Cavallari.
FonteGazeta do Povo