As vendas do comércio brasileiro registraram queda de 1,5% em agosto, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS).
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a retração foi de 3,3%. O estudo, que acompanha mensalmente a movimentação do varejo no país, é uma iniciativa da Stone, principal parceira do empreendedor brasileiro.
Segundo Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, “a queda nas vendas de agosto evidencia o enfraquecimento do comércio varejista, em linha com sinais mais claros de desaceleração da economia.
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O mercado de trabalho vem perdendo dinamismo, com admissões crescendo em ritmo menor do que o de desligamentos, ao mesmo tempo em que o elevado comprometimento da renda das famílias com dívidas continua restringindo o consumo. Embora a inflação apresente alguma moderação, esse movimento tem ocorrido muito mais pela perda de fôlego da atividade do que por avanços estruturais”.
“O resultado negativo deste mês reforça a percepção de que a economia brasileira segue em processo de acomodação, e não de retomada. A continuidade dessa trajetória dependerá da evolução do mercado de trabalho e, principalmente, do mercado de crédito, que, com taxas de juros reais elevadas, tem sido um limitador da demanda interna.”, finaliza Freitas.
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No recorte mensal, sete dos oito segmentos analisados registraram queda em agosto. O único resultado positivo foi do setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos
Alimentícios, Bebidas e Fumo, com alta de 1,7%. Já entre os resultados negativos, tiveram
queda os setores de Material de Construção (4,3%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria
(3,6%), Combustíveis e Lubrificantes (1%), Artigos Farmacêuticos e Outros Artigos de Uso
Pessoal e Doméstico (0,7%), Tecidos, Vestuário e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos
(0,3%).
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No comparativo anual, todos os oito segmentos analisados apresentaram queda. O pior
resultado foi registrado pelo setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (6,8%), seguido por Móveis e Eletrodomésticos (6,7%), Material de Construção (5%), Outros Artigos de Uso
Pessoal e Doméstico (3,1%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,1%), Artigos Farmacêuticos
(1,9%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,1%) e
Combustíveis e Lubrificantes (0,5%).
No recorte regional, apenas seis estados apresentaram crescimento no comparativo anual:
Amapá (3,2%), Tocantins (1,9%), Mato Grosso (1,7%), Pará (0,7%), São Paulo (0,6%) e
Roraima (0,5%).
Todos os demais registraram retração, com destaque para o Rio Grande do Sul, que teve a
maior queda, de 7,1%, seguido por Rio Grande do Norte (6,4%), Sergipe (5,9%), Santa
Catarina (5,4%), Alagoas (5,3%), Paraíba (4,7%), Pernambuco (4,6%), Rondônia (4%), Goiás (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,4%), Paraná (2,7%), Amazonas (2,6%), Rio de Janeiro (2,2%), Bahia (2,1%), Espírito Santo (1,9%), Distrito Federal (1,7%), Acre (1,6%), Minas Gerais (1,1%), Maranhão, Piauí e Ceará (0,9%).
“Na análise regional de agosto, o Norte se destacou novamente, com quatro dos seis
estados apresentando crescimento no comparativo mensal, indicando que a atividade
varejista segue mais aquecida na região. O Sudeste teve comportamento misto, com
pequenas altas e quedas, enquanto o Centro-Oeste registrou desempenho negativo em dois dos três estados, mais o Distrito Federal, como a única exceção de Mato Grosso, refletindo menor dinamismo. Já as regiões Sul e Nordeste apresentaram queda generalizada, com os estados registrando as maiores retrações do país, evidenciando que o ambiente econômico ainda segue desafiador nessas localidades”, explica o economista e cientista de dados da Stone.
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Fonte: Revista Oeste