O escritor e cronista gaúcho Luis Fernando Veríssimo morreu neste sábado, 30, aos 88 anos, em Porto Alegre. Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento desde 11 de agosto, em tratamento contra uma pneumonia.

Veríssimo enfrentava problemas de saúde nos últimos anos. Era portador do Mal de Parkinson e de complicações cardíacas. Em 2021, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), que deixou sequelas.

Nascido em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, o autor é considerado um dos principais nomes da literatura contemporânea brasileira. Publicou dezenas de livros, entre romances, crônicas e contos.

Sua obra se destacou pelo humor refinado, pela ironia e pela capacidade de retratar o cotidiano com leveza e crítica. Também escreveu narrativas policiais e textos de diferentes gêneros, conquistando leitores em todo o país.

Vida e obra de Luis Fernando Veríssimo

Filho de Erico Verissimo, um dos nomes centrais da literatura brasileira, o autor publicou mais de 70 livros e vendeu 5,6 milhões de exemplares. Suas crônicas e contos, marcados pelo humor, deram vida a personagens como Ed Mort, o analista de Bagé e a velhinha de Taubaté, além de inspirar séries de TV e peças de teatro.

Também colunista de jornais como Zero Hora, O Estado de S. Paulo e O Globo, Verissimo se tornou um dos escritores mais lidos do país. Entre seus trabalhos de maior sucesso estão Comédias da vida privada — que virou série da Globo nos anos 1990 —, Comédias para se ler na escola e As mentiras que os homens contam.

Luis Fernando passou parte da infância nos Estados Unidos, acompanhando o pai, que lecionava literatura brasileira. Além da paixão pela escrita, cultivava gosto pelo jazz e pelo futebol, em especial pelo Internacional, clube para o qual escreveu o livro Internacional, Autobiografia de uma Paixão.

Verissimo deixa a mulher, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

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